Feira de artesanato comunitário movimenta ponto turístico de Itapuã

A Lagoa do Abaeté, cartão-postal do bairro de Itapuã, em Salvador, foi palco, no último domingo (10), da Negócios & Arte – 2ª Feira do Empreendedor da Melhor Idade. O evento, promovido pela organização não governamental Instituto Crescer, teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), para estimular a visitação ao ponto turístico e defender a preservação do patrimônio natural. Na programação, exposição de artesanato comunitário, apresentações artísticas e serviços de saúde, orientação nutricional e psicológica, além da divulgação da mensagem de proteção ao meio ambiente.

“Esse evento tem sintonia com o turismo de base comunitária, que conta com incentivos da nossa secretaria, para promover o trabalho de pessoas com talento, que precisam mostrar sua arte para baianos e turistas”, declarou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar, que participou da feira.

“Escolhemos a Lagoa do Abaeté como cenário, por ser um local que precisa ser mais valorizado. A Setur-BA foi sensível à necessidade de pautarmos a questão ambiental e o incentivo ao turismo nesse local, que é um ponto de encontro dos visitantes que procuram Salvador”, completou o presidente do Instituto Crescer, Carlos Moura.

Moradora da Boca do Rio, a artesã Denise da Silva, 59 anos, aproveitou a oportunidade para divulgar as bonecas “Abayomi”, que ela produz usando tecidos com estampas de matriz africana. As peças já despertaram o interesse de turistas estrangeiros. “Essas bonecas representam a resistência do povo negro e da identidade afro-brasileira. Tenho uma sobrinha, que morava na Itália e ajudou a divulgar minha criação na Europa. Teve até um alemão, que foi pessoalmente em minha casa para comprar alguns modelos”, relatou.

“Faço colares de sementes de bambu com miçangas. Achei essa feira maravilhosa. A cidade precisa de eventos como esse, para movimentar o artesanato e a cultura da Bahia”, disse a artesã Ingrid Leone, 28 anos, que mora em Itapuã.

A turista mineira Sheila Rodrigues, 57 anos, que visitava a Lagoa do Abaeté, aprovou a iniciativa. “É mais um atrativo que só agrega. Contemplamos a beleza natural desse lugar, com a possibilidade de conhecer o artesanato regional e, quem sabe, levar umas peças de lembrança da Bahia”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.