Ana Marcela Cunha conquista ouro inédito nas Olimpíadas de Tóquio

Ana Marcela Cunha, que venceu a maratona aquática e se tornou a primeira nadadora do Brasil medalha de ouro em Olimpíadas, nasceu em Salvador há 29 anos e foi na Baía de Todos os Santos que ela teve o primeiro contato com as águas do Atlântico. Prodígio desde sempre, aprendeu a nadar com dois anos, e sua primeira competição em piscinas foi aos seis.

Campeã do prêmio de maior nadadora de águas abertas do mundo por seis vezes (2010, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019). É considerada uma das maiores maratonistas aquáticas da história, tendo obtido, além do ouro olímpico em Tóquio 2020, onze medalhas em mundiais, sendo cinco de ouro, além de medalhas e títulos em todas as competições relevantes existentes. 

O talento era nato. Com 12 anos de idade, Ana Marcela já era nadadora profissional, e fez sua estreia em provas marítimas. Dois anos depois, aos 14, já fazia parte da seleção brasileira. O contato com o esporte não foi novidade para os pais, que são atletas. Ana é filha da ex-ginasta Ana Patrícia Cunha e do ex-nadador George Cunha. São eles que, até hoje, administram a carreira da filha.

Por mais que tenha tido sucesso em provas de fundo, nas piscinas, foi no mar que a baiana descobriu um talento nato – e, a ele, adicionou rotinas de treinos intensas e muito trabalho. Sua primeira medalha em maratonas aquáticas – um bronze – veio aos 14 anos, em uma das maratonas do circuito internacional da Fina (Federação Internacional de Natação.

Esse resultado foi importantíssimo para que a nadadora conquistasse olhares em clubes importantes. Em 2007, ela se mudou para Santos, no litoral paulista, para integrar a equipe de nadadoras da Unisanta. O salário oferecido pelo clube foi suficiente para que os pais largassem o trabalho na Bahia e acompanhassem a filha na nova empreitada.

A atleta relembra os esforços do pai para que ela se mantivesse saudável. “Meu pai sempre teve medo de eu me machucar antes de uma prova; me proibia de fazer educação física e chegar perto da quadra no colégio. Ele sabia que, se eu chegasse, iria correr atrás de uma bola. Certa vez, a escola precisou me segurar a garota na diretoria para me impedir jogar futebol com os colegas. Não adiantou nada. Pulei a janela do diretor e fui mesmo assim”.

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