Zeca Baleiro mostra a diversidade musical maranhense em documentário
No Maranhão, sobretudo a ilha de São Luís, circula uma forte cultura popular, repleta de lendas, mistérios e música. Em “Ventos Que Sopram – Maranhão”, dirigido por Neto Borges, o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro guia o espectador em uma viagem pelas “encantarias” de sua terra natal. O filme estreia no Curta na segunda (25), às 22h30.
“Essa atmosfera de mágica e mistério é muito presente na produção musical do estado. São Luís também carrega a mística de cidade de poetas”, afirma. O documentário estreia com exclusividade no Curta!.
Baleiro transita por belas paisagens e encontra músicos e trovadores que o ajudam a contar a história da música maranhense e a dar conta da variedade rítmica do estado. Juntos, eles formam um caldeirão musical diverso e, ao mesmo tempo, único, de origens africanas, ameríndias e ibéricas.
Entre os artistas locais, estão Patativa, Tutuca Viana, Sergio Habibe, Tião Carvalho e Chico Maranhão. Para além das tradições do Bumba-meu-boi e do tambor de crioula, o filme mostra como a música maranhense foi se abrindo para outros ritmos ao longo do tempo. Sempre antenados com o que se fazia na música dentro e fora do estado, os artistas maranhenses beberam de diversas fontes e, a partir da mistura, fizeram algo totalmente próprio.
Zeca Baleiro e os convidados relembram os artistas mais antigos, que foram referências para as gerações seguintes – como o cantor, compositor e percussionista Papete -, passando pelos que iniciaram esse processo de fusão musical entre o regional e o que viria de fora – como a banda Donato e Seu Conjunto – e o panorama contemporâneo mais influenciado por ritmos como o reggae, que é o caso da banda Criolina.