Workshop discute adaptação literária para a teledramaturgia
Está em curso o workshop sobre Adaptação Literária para a Teledramaturgia – Produção de roteiro com Jorge Amado. A atividade, gratuita, está sendo promovida na Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, na Rua Alagoinhas, 33, Rio Vermelho, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).
O evento permite que roteiristas, alunos e profissionais de produção audiovisual tenham conhecimentos de elementos para adaptação literária. Para isso, possui carga horária de 8h, com momentos teóricos e práticos.
Leitura coletiva – Já no segundo momento, programado para a próxima segunda (14), os participantes, de forma coletiva, farão a leitura da obra “Cacau” (Segundo romance de Jorge Amado, de 1933). Ao final das atividades, os alunos realizarão a produção de roteiro de uma cena, após o desenvolvimento de sinopse, argumento e escaleta.
O workshop está sendo ministrado por Thaiane Machado, mestre em comunicação e cultura contemporânea, pesquisadora e integrante do grupo de pesquisa A-Tevê: Análise de Telefifcção,; e por Mauro Alencar, que é mestre, doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana e autor do livro “A Hollywood Brasileira” e adaptações de obras, como, “Selva de Pedra”, “O Bem-Amado” e “Vale Tudo”.
Mercado de trabalho – “Esse é um workshop muito importante, pois estamos falando de um dos produtos culturais mais importantes do país, a qual é a telenovela – consumida por maior parte das pessoas no mundo -, trazendo aquelas produzidas com aspecto da Bahia, poesias e produções realizadas por Jorge Amado. Então, falar de habitação literária para novela, é falar de como a Bahia, por Jorge Amado, passa a despejar dendê por todo o Brasil”, destacou Thaiane.
Já Alencar reforça que o workshop tende a impulsionar novos profissionais e novas ideias para o mercado de trabalho. “Hoje, com o dinamismo da produção da comunicação, da feitura de novelas, séries e minisséries, de maneira mais forte e atuante, em particular, com a chegada do streaming, é fundamental a realização deste workshop, tendo em vista a riqueza da nossa literatura, em particular a obra de Jorge Amado”.
Expectativas – O artista visual Gil Soares, de 40 anos, esteve presente no primeiro dia de workshop. Ele, que atua como artista desde os 16 anos, reforça as expectativas de atuação na área da teledramaturgia. “A partir dessas atividades, os tutores farão uma sensibilização em nós, participantes, para podermos trabalhar diante das pautas emergenciais que têm sido abordadas”.
Graduanda em Letras, a estudante Amanda Santana, de 20 anos, não escondeu sua paixão pela dramaturgia, durante interação com os tutores. “Desde criança sempre tive interesse por cinema, novelas e obras literárias. Através deste workshop, irei potencializar o meu saber e aprender mais com as vivências dos tutores e outros colegas participantes”, disse.