Secretaria da Educação participa da abertura da edição virtual da Festa Literária de Uauá que homenageia Jorge Portugal
O secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, participou da abertura da segunda edição da Festa Literária de Uauá (FLIU), junto aos músicos Roberto Mendes e Lazzo Matumbi. Realizada no canal do Youtube do evento, em função da pandemia do Coronavírus, a FLIU teve como destaque na sua primeira noite a mesa “Jorge Portugal do Brasil”, em homenagem ao professor, compositor e ex-secretário estadual de Cultura, falecido em agosto de 2020. O evento acontece até domingo (24), sob a curadoria do poeta, cantador e cordelista Maviael Melo, com mesas literárias protagonizadas por nomes locais e nacionais, como Xico Sá, Marcelino Freire, Bráulio Bessa e Elisa Lucinda. O evento, que foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, tem como propósito provocar uma reflexão coletiva e propositiva sobre o atual momento mundial e como a arte interfere.
Em suas palavras iniciais, o secretário Jerônimo parabenizou os organizadores da FLIU pela vasta e rica programação desta festa literária de Uauá. “Quero parabenizar e agradecer, em nome de Maviael, curador desta segunda edição, por esta coragem e capacidade de produção, porque, acima de tudo, uma festa literária carrega muita arte e cultura, mas também muita oportunidade de a gente poder dialogar sobre cultura, arte, educação, geração de renda. Um abraço especial também à SECULT (Secretaria de Cultura do Estado) e à Fundação Pedro Calmon, em nome de Zulu, pela sua competência e parceria”.
O secretário lamentou o fato de, por conta das circunstâncias da pandemia, o encontro literário não deu para ser presencial, como na edição anterior. “Fico sentido, porque nas festas literárias que acompanhei em 2019 e 2020 a gente viu a presença de estudantes e professores. Mas não podemos baixar a guarda, porque sei que eles estão aqui participando, com entusiasmo. Quero também parabenizar, em nome do governador Rui Costa, a iniciativa de homenagear o grande poeta e professor, educador brasileiro Jorge Portugal, que nos está fazendo muita falta. A cultura tem que estar viva, animando a gente e, por isso, peço a todos os prefeitos e vereadores que possamos estabelecer o compromisso da parceria para a realização de outras festas literárias pela Bahia. Esta FLIU tem a marca da esperança com o começo da vacinação e logo, logo estaremos juntos presencialmente”, afirmou.
O presidente da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, falou sobre a importância da Lei Aldir Blanc para a efetivação da II FLIU. “A Lei Aldir Blanc é fruto da articulação nacional dos produtores culturais, dos artistas, gestores e de todos aqueles que acreditam que a cultura é um elemento estratégico para o nosso desenvolvimento. Portanto, parabéns à equipe que possibilitou a realização desta festa. Quero também parabenizar a escolha do tema, que homenageia o nosso querido amigo, poeta, escritor, compositor, educador Jorge Portugal. Estamos aqui, hoje, seguindo a sua orientação de educar para transformar e as festas literárias servem para isso, pois são um mecanismo de educação por meio do livro, da leitura, da escrita, da literatura que possibilita a transformação. Quero também agradecer o secretário Jerônimo pelo fato de ser um educador que compreende a importância da articulação, da parceria entre a educação e a cultura, tendo compreendido que era possível realizar as festas literárias na Bahia ainda que em formato virtual”.
Os cantores e compositores Roberto Mendes e Lazzo, por sua vez, deram emocionados depoimentos sobre a presença de Jorge Portugal em suas vidas e pelo “pelo grande educador, músico e poeta que ele foi”, como destacou Maviael Melo.
Programação – A abertura contou, também, com exibição de vídeos da FLIU 2019 e shows de Roberto Mendes e Raimundo Sodré, parceiros de Jorge Portugal. Durante a II FLIU, que é coordenada por Lorena Ribeiro, serão abordados temas ligados ao processo literário durante a pandemia e como esse processo pode ser transformador na formação da sociedade. Na sexta (22), a programação começa às 9h30, com a apresentação do artista Nilton Freitas. Às 10h, é a vez da Galeota do São Francisco, para o público infantil, e, às 14h30, participa o poeta cearense Bráulio Bessa, com a palestra “Poesia com rapadura”. Ainda na sexta, às 16h, destaque para a mesa “Tempo, espaço e a literatura on-line”, com os escritores Xico Sá e Marcelino Freire. A última mesa, às 19h40, tem como tema “Lugar de fala – mulheres, palavras e pandemia, com Elisa Lucinda e Luna Vitrolira. A cantora Aiace encerra a programação do dia.
A mesa Encontro de Educação e Cordel – EDU Cordel dá início à programação de sábado (23), às 10h, com Antonio Barreto, Auritha Tabajara e Elton Magalhães. Às 14h30, acontecerá a mesa “Política e literaturas”, com Elika Takimoto e Cida Pedrosa, e, às 19h30, a mesa “Versos e vozes femininas, com Isabelly Moreira, Erika Pók e Clarissa Macedo. Outro destaque são os shows do grupo pernambucano Em Canto e Poesia e do cantador Flávio Leandro. No domingo (24) haverá o lançamento de livros com um bate-papo entre Maviael Melo e Emmanuel Mirdad, idealizador da Festa Literária de Cachoeira (FLICA), que vão falar sobre os livros “Oroboró Baobá” e “O espelho dos girassóis”. A programação terá, ainda, a apresentação da Editora Clae sobre a produção literária do Vale do São Francisco, com o poeta, editor e produtor juazeirense João Gilberto. O encerramento acontece com show de Xangai e João Omar.