Saúde íntima no Verão: uso prolongado de biquíni molhado pode provocar candidíase
Sol, praia e piscina. Se você é uma daquelas pessoas que aproveitam o calor para passar o dia todo com o biquíni molhado, cuidado! O Verão é a época em que as mulheres mais procuram os consultórios dos ginecologistas em razão de doenças causadas pela proliferação de fungos nas partes íntimas responsáveis por corrimentos e irritação.
A junção da umidade da roupa e da temperatura mais alta em contato com a pele também pode causar um problema muito comum no verão: a candidíase. “Causada pelo crescimento do fungo Candida albicans, que prefere lugares úmidos, a candidiase tem como sintomas: coceira intensa, vermelhidão e inchaço na região genital, placas esbranquiçadas na vagina, corrimento esbranquiçado com grumos, dor ou queimação ao urinar e, ainda, desconforto ou dor durante o contato íntimo”, explica o ginecologista Dr. Alexandre Amaral.
Para se proteger, o ideal é vestir roupas secas assim que sair dos banhos de mar ou piscina. Recomenda-se também evitar alimentos ricos em açúcares e carboidratos em excesso e nunca compartilhar sabonetes, peças íntimas e toalhas, além de usar roupas de tecidos leves, como as feitas de algodão, evitando látex, lycra e peças muito justas para não abafar a área.
O tratamento da candidíase pode ser feito com medicações, tanto via oral quanto local, indicados por um ginecologista. Além disso, durante o período de tratamento, a mulher não deve ter relações sexuais. “É muito importante não se automedicar quando a candidíase aparece, pois apesar de ter sintomas muito característicos, pode se tratar de um outro tipo de infecção. Além disso, o medicamento mal administrado pode desequilibrar a flora vaginal e causar uma vaginose bacteriana ou ainda, uma resistência do fungo ao tratamento, ocasionando a candidíase de repetição”, esclarece Alexandre.