Salvador recebe a exposição “YèYé Omó Ejá” para saudar Iemanjá
Para homenagear a divindade Iemanjá durante o mês de fevereiro, as fotógrafas Ana Kruschewsky, Marta Suzi, Nayara Rangel e Vânia Viana se uniram para realizar a exposição “YèYé Omó Ejá”, que significa “mãe cujos filhos são peixes”. A mostra entra em cartaz nesta segunda-feira (1) e vai até 30 de março na Galeria Fragmentos do Espaço Pierre Verger, em frente ao mar do Porto da Barra. Salvador.
A mostra reúne 24 imagens realizadas em diferentes anos dos festejos à Iemanjá, fragmentos da devoção e beleza ao orixá que é um dos mais cultuados nas religiões de matrizes africanas no Brasil. “As fotografias buscam traduzir o sagrado feminino, a delicadeza do ofertar, a entrega e a crença na ancestralidade africana iorubá, tão viva na Bahia. O trabalho possui uma riqueza imaterial, pois desperta emoções e a curiosidade em torno da origem desse sincretismo, a razão da fé que atravessa mares e séculos”, comenta a fotógrafa Marta Suzi.
“O povo baiano tem uma forte conexão com Yemanjá. É muito bonita a maneira como se expressa a relação com esta mãe. A força imagética dos detalhes onde a Rainha do Mar se revela é como um imã para o olhar do fotógrafo. Colares, pulseiras, oferendas dotadas de uma beleza ímpar se diluem num mar de gente, cores e muita fé”, afirma Vânia Viana.
Os quatro diferentes olhares, registrados de forma poética, para além de captar os elementos que compõem o famoso ritual de uma das festas populares mais tradicionais da Bahia, têm uma grande importância como registro da memória de um povo, na preservação da sua cultura, crenças e tradições.
“Os sentimentos de presenciar a devoção à Yemanjá, como fotógrafa, se misturam com o que pretendemos registrar, e transformar isso tudo em imagens que despertem esse sentido em quem vê, é desafiador”, conta a fotógrafa Nayara Rangel.
Serviço:
Exposição: YèYé Omó Ejá
Local: Galeria Fragmentos do Espaço Pierre Verger
Visitação: De 01/02 a 30/03
Entrada franca