Saiba como agir quando a sirene é acionada em área de risco
As chuvas fortes que caem na capital baiana, já resultaram no acionamento de oito sirenes em sete localidades situadas em áreas de risco: Voluntários da Pátria (Lobato), Vila Picasso (Capelinha), Bom Juá (Calabetão), Baixa do Cacau (São Caetano), Mamede (Alto da Terezinha), Moscou (Castelo Branco) e Calabetão. Isso porque, nestas localidades, o índice pluviométrico alcançou 150mm nas últimas 72h, chegando assim ao nível de alerta máximo para deslizamentos de terra, de acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal).
A partir do Plano Preventivo de Defesa Civil, são monitoradas e mapeadas as áreas com risco de alagamento e deslizamento de terra. Esse risco é dividido em quatro níveis: observação, quando há normalidade; atenção; alerta; e alerta máximo. No último caso, quando há 150 mm de chuvas durante 72 horas e a previsão é de chuva forte a muito forte, a sirene é acionada.
A orientação da Codesal aos moradores de área de risco onde houve acionamento da sirene é a saída imediata do imóvel, portando apenas documentação mínima e remédios. Em seguida, essas pessoas são conduzidas aos abrigos organizados pela Prefeitura em escolas municipais.
Em seguida, os técnicos da Defesa Civil realizam a vistoria da área e dos imóveis evacuados a fim de verificar se há condições de o morador deslocado retornar para a residência de forma segura. Se o imóvel estiver comprometido pela chuva, os desalojados ou desabrigados são cadastrados na Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), para que possam ter acesso ao auxílio moradia ou auxílio emergência.
Apoio dos Nupdecs – Nas áreas de risco mapeadas, a Codesal realiza a formação do Núcleo Comunitário de Prevenção e Defesa Civil (Nupdec), cujo objetivo é capacitar um grupo de moradores locais para reduzir riscos e danos em caso de chuvas fortes. A capacitação aborda temas sobre defesa civil, percepção de risco, primeiros socorros e assistência em situações de desastre.
O simulado é realizado para os integrantes do Nupdecs – e também a população – saberem como agir quando a sirene de alerta é acionada. Na ocasião, é seguido o mapa de evacuação previamente traçado e as orientações estabelecidas no treinamento.
Este ano, a Codesal realizou, nos meses de fevereiro e março, os simulados de evacuação nas localidades. A iniciativa, inclusive, é integrante das ações preparatórias para a Operação Chuva, com atividades intensificadas pela Prefeitura nos meses de abril a junho, historicamente o período mais chuvoso na cidade.
Balanço – De acordo com o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, nas últimas 72h, a cidade registrou um acumulado de 225 mm de chuva. “Nos primeiros 19 dias deste mês, já tivemos 91% das chuvas – 278,4 mm registrados na estação meteorológica de Ondina – previstas para todo o mês de abril, cuja média é de 284,9 mm”, salientou.
Cerca de 200 pessoas estão abrigadas provisoriamente em escolas municipais, com acompanhamento das equipes da própria Codesal e das secretarias de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre), de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e da Educação (Smed). As escolas possuem dormitórios e são fornecidas cinco alimentações diárias, acompanhadas por nutricionistas.
Da meia-noite até as 9h20 desta terça-feira (19), foram registradas 63 ocorrências, sendo 15 ameaças de deslizamento, 12 ameaças de desabamento, 12 desabamentos de muro, oito deslizamentos de terra, cinco avaliações de imóvel alagado, três infiltrações, duas árvores ameaçando cair, dois desabamentos parciais, um destelhamento, um desabamento de imóvel e uma orientação técnica.
Contato – Em caso de emergência, a exemplo de alagamentos, deslizamentos, rachaduras e ameaças de desabamento, o cidadão deve buscar ajuda imediata da Codesal pelo telefone de contato 199. O número é gratuito.
Os cidadãos também podem receber os alertas do órgão através do celular. Basta mandar um SMS para o número 40199. O serviço é gratuito.