Safra de grãos tem estimativa de queda na Bahia em 2023

A primeira estimativa para a safra baiana de grãos em 2023 prevê queda de 3,3% frente ao recorde de 2022. No estado, a produção de grãos deve ser de quase 11 milhões de toneladas, 373 mil a menos do que no ano passado, quando chegou a cerca de 11,4 milhões de toneladas. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro, realizado mensalmente pelo IBGE. 

O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol. Dentre todos os produtos agrícolas investigados na Bahia, em janeiro, é previsto que 20 das 26 safras sejam menores em 2023 do que em 2022.  

A maior previsão de queda absoluta, entre os grãos, deve ocorrer na produção de soja: menos 177.186 toneladas em relação a 2022, chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023. Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho segunda safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que a de 2022, o que representa uma perda de 129.220 toneladas.  

No caso da soja e do milho segunda safra, a queda prevista é na produtividade, com as as áreas plantadas e colhidas mantendo-se, até o momento, as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve se reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/ hectare. 

As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 147,5 milhões e 93,1 milhões de toneladas, respectivamente.  

Entre as maiores perdas absolutas, além da soja e do milho segunda safra, a cana-de-açúcar também tem destaque, com a segunda queda mais intensa (130.310 toneladas). A produção de café arábica deve ter a maior retração em termos percentuais (-30,8%), chegando a 69.510 toneladas, 30.990 a menos do que em 2022. 

Mesmo com a previsão de colher 3,3% menos neste ano, a Bahia ainda deve ter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,6% do total nacional, frente a uma participação de 4,3% em 2022. Mato Grosso continua na liderança (29,3%), seguido por Paraná (14,9%) e Rio Grande do Sul (13,0%). 

O amendoim segunda safra é o único grão pesquisado na Bahia que tem previsão de variação positiva na quantidade colhida, em 2023, com um aumento de 0,4%. A estimativa para esse grão confirma os prognósticos feitos em outubro, novembro e dezembro do ano passado, que previu a produção de mais 10 toneladas neste ano, chegando a uma produção de 2.486 toneladas. 

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