Produtos oriundos da reforma agrária popular serão comercializados no Centro Histórico de Salvador
Em reunião realizada na sede da SDR, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, foi assinada, pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a ordem de serviço para a Reforma e Requalificação da Casa da Arte Camponesa no Pelourinho, após processo de Licitação para a execução do projeto.
No espaço, será implantado um armazém para a comercialização de produtos da reforma agrária popular, produzidos por famílias de assentamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na Bahia. A ação, que prevê investimentos da ordem de R$153 mil, será executada por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR) e beneficiará diretamente 400 famílias.
“Dessa forma, nós vamos construindo uma relação com os movimentos sociais que lutam pela terra, para que a comercialização, que é um dos importantes vetores para que eles possam ter renda suficiente lá no campo, materialize-se. Com isso, estamos contribuindo com o crescimento e a divulgação, ainda mais, dos produtos da reforma agrária e da agricultura familiar”, destacou Josias Gomes, secretário da SDR.
O diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, ressaltou que a ordem de serviço assinada hoje com o MST representa a concretização de um sonho: “O Pelourinho é um local muito importante na Bahia, e simbólico, para que funcione esse armazém. Será um espaço de comercialização dos produtos, e também um centro de relacionamentos, onde a gente tenha a oportunidade de vender e comercializar os produtos da agricultura familiar para toda a rede turística que frequenta Salvador e o Pelourinho”.
Para Lucineia Durães, dirigente do MST, o armazém do campo é um espaço que se propõe a ter os produtos da reforma da agrária e também de receber as pessoas para ofertar comida saudável: “É um espaço onde as pessoas poderão apreciar o processo de democratização da terra, mas também de organização da produção e disposição dessa produção para a toda a população, em um conteúdo que nós chamamos de reforma agrária popular”.
Evanildo Costa, dirigente do MST na Bahia, agradeceu à SDR/CAR por essa grande contribuição à luta pela reforma agrária popular e enfatizou: “Será um espaço tanto de comercialização dos produtos da reforma agrária, como um espaço também de integração social e cultural e o processo de integração do campo e a cidade, mostrando grande resultado da reforma agrária popular”.