Pedal Outubro Rosa: passeio ciclístico contra o câncer de mama reúne quase 1 mil pessoas na orla de Salvador

Centenas de ciclistas, de todas as idades, gêneros e bairros de Salvador, se reuniram no Jardim dos Namorados para a 5ª edição do Pedal Outubro Rosa. O evento de ciclismo amador, que une esporte e conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, assim como o cuidado global com a saúde feminina, já virou tradição no calendário do mês na capital baiana, promovendo ainda solidariedade e um momento de lazer para os participantes.

O percurso teve cerca de 15 km, saindo do Jardim dos Namorados, indo até a Boca do Rio e retornando, num ritmo médio de 10 km por hora, bem leve, para que todos pudessem acompanhar. Um micro trio puxou o grupo, animando os ciclistas com música, palavras de incentivo e mensagens sobre a importância do autocuidado e dos cuidados com a saúde da mulher. Cerca de 1 mil ciclistas participaram do evento, acompanhados por equipes da Transalvador e da Guarda Civil Municipal, garantindo a segurança de todos.

A dona de casa Carmen Ribeiro, de 55 anos, foi uma das participantes: “Esse pedal eu não podia perder, o Outubro Rosa é uma campanha muito linda, e eu acho fundamental a gente estar aqui, como mulher, representando e dando todo o apoio à causa”, disse. Gineuza Pereira Santos, auxiliar de supermercado de 45 anos, também elogiou o evento: “Eu pedalo há três anos, eu amo bike, vou todos os dias para o trabalho pedalando, e nos domingos eu também dou minha voltinha… E eu achei esse evento uma ideia incrível”, disse.

O metalúrgico Sérgio Ferreira, de 48 anos, perdeu a mãe há seis meses para o câncer de mama e decidiu participar como um defensor da prevenção: “Acompanhei várias pessoas da minha família que tiveram esse tipo de câncer e amigos também, pois homem também pode ter… Acho que é importante o ser humano se preocupar com o outro, não existe sexo, existe existe o ser humano, quando o ser humano começa a olhar o outro como irmão, não importando sexo ou religião, todos somos mais felizes”, afirmou.

Ações – O Pedal Outubro Rosa é uma iniciativa do Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB) em parceria com a Empresa Salvador Turismo, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e diversos grupos de ciclismo da cidade. Além da conscientização, o evento também angariou alimentos que serão doados a instituições que cuidam de mulheres que se curaram do câncer ou que ainda estão em tratamento. Cada participante foi incentivado a levar 2 km de alimentos não-perecíveis.

A administradora Edna Maria Araújo, de 48 anos, fez a sua parte, doando alimentos e participando do pedal: “É muito bom essa iniciativa, para conscientizar as mulheres de que nós precisamos nos cuidar, independentemente do Outubro Rosa ou não. Tem que se dedicar e se prevenir sempre, porque essa doença aí está chegando a um nível que é muito preocupante. E a Prefeitura, felizmente, está agindo muito bem referente a essa área aí, mostrando às mulheres que elas têm que se cuidar”, afirmou.

Liana Oliva, coordenadora do Movimento Salvador Vai de Bike, destacou que o ciclismo é uma forma de reunir pessoas em torno da conscientização: “É um pedal que reúne em torno de 1 mil pessoas, que vêm de todos os bairros da cidade pedalando para encontrar a gente aqui e para levantar essa bandeira de proteção e prevenção da saúde da mulher”, disse.

“Realizamos um evento muito bacana, um pedal que é para iniciantes. Então, aquelas pessoas que nunca tiveram a oportunidade de pedalar na rua podem começar em um pedal como esse, com toda a segurança, com o suporte da Transalvador, do Samu, da Guarda Municipal. A gente vai com muita animação, com música do início ao fim, num percurso de ritmo muito leve e super animado”, completou Liana.

Titular da SPMJ, Fernanda Lordelo lembrou que o cuidado com o câncer de mama não deve ser apenas das mulheres: “É importante que as pessoas lembrem que o câncer de mama não ocorre apenas em mulheres, temos casos em homens, também. E aí, talvez por falarmos em Outubro Rosa, os homens se esquecem que precisam ter esse cuidado. A ideia de ter saúde é porque, quando a gente fala em qualidade de vida, quando a gente fala que essa mulher precisa se desenvolver e empreender, ela precisa estar saudável. Estando saudável ela sai dos ciclos de violência, estando saudável ela consegue ter outras perspectivas de vida”, disse.

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