O Admirável Sertão de Zé Ramalho

Com mais de 40 anos dedicados à composição, poesia e música, o artista paraibano Zé Ramalho terá sua
extensa obra cantada e contada na mais nova produção idealizada por Eduardo Barata, “O Admirável
Sertão de Zé Ramalho”, que estará em cartaz nos dias 25 e 26 de maio no Teatro ISBA, em Salvador. O
musical, que tem patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Cultural, festeja o cancioneiro
do cantor e compositor, a literatura e os lugares retratados em sua trajetória. Eles ganham vida no palco
através da dramaturgia de Pedro Kosovski e a direção de Marco André Nunes, mas não de forma
tradicional e biográfica.
Nele, Zé, o personagem, existe somente nos números musicais, criando algo totalmente inédito. O
elenco é diverso, possibilitando, desta forma, a abordagem de vários pontos de vista, contando muitas
histórias dentro de uma só. “O espetáculo é uma homenagem a um grande brasileiro que levou para o
mundo a força artística do Nordeste, com qualidade em sua realização e enorme potência criativa. Com
argumento simples, mas poético e reflexivo, assim como a música de Zé Ramalho, o texto apresentará
personagens de referência na obra do homenageado – os retirantes, a seca, o vilão, os palhaços, etc.”,
conta o produtor e idealizador do projeto, Eduardo Barata.
Adriana Lessa, Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Diego Zangado, Duda Barata, Marcello Melo, Muato,
Nizaj, Pássaro e Tiago Herz compõem o elenco do musical que se divide em 5 módulos: “Brejo da Cruz”,
que apresenta as origens do artista; “Campina Grande”, sobre a cidade onde começou o interesse de Zé
pela música; “João Pessoa” retrata momento lisérgico da vida do músico, quando ele começou
realmente a compor; “Rio de Janeiro” apresenta a batalha por um lugar ao sol, passando pela fome até a
prostituição, e “Popstar” representa o sucesso e a consagração do autor de clássicos como “Admirável
Gado Novo”, “Garoto de Aluguel”, “Pedra do Ingá” e “Chão de Giz”, entre outros.

ENTREVISTA com Eduardo Barata, idealizador do projeto.

Como surgiu o espetaculo?
Sempre achei que o Zé é uma espécie de Jim Morrison. Ele catalisa o sentimento de várias gerações do nosso país. Trazer o Zé para o corpo de vários atores diferentes em cena é ampliar a territorialidade do Nordeste e do Brasil para o mundo.

Qual o recorte da vida e obra do zé apontada no espetáculo?
Colocamos toda a história do Zé no musical. Desde de criança, em Brejo da Cruz até sua ascensão como artista de sucesso. E essa variedade deixou a gente livre para não optar por um ator apenas para viver Zé Ramalho, ele é encarnado por cinco atores, quatro homens e uma mulher. A peça tem um argumento simples, não é uma biografia convencional, mas poética e reflexiva, assim como a música de Zé Ramalho, o espetáculo apresenta personagens de referência em sua obra como os retirantes, a seca, o vilão, os palhaços etc.

Como foi a construção do espetáculo, e montagem de repertorio?
O musical se divide em 5 módulos: “Brejo da Cruz”, que apresenta as origens do artista; “Campina Grande”, sobre a cidade onde começou o interesse de Zé pela música; “João Pessoa” retrata momento lisérgico da vida do músico, quando ele começou realmente a compor; “Rio de Janeiro” apresenta a batalha por um lugar ao sol, passando pela fome até a prostituição, e “Popstar” representa o sucesso e a consagração do autor de clássicos como “Admirável Gado Novo”, “Garoto de Aluguel”, “Pedra do Ingá” e “Chão de Giz”, entre outros. Como Zé cantou sua vida em suas músicas, cada fase tem uma canção do repertório dele.
Respostas de Eduardo Barata, produtor e idealizador do projeto

Aspas de Zé Ramalho.

“É muito legal o musical. É uma coisa que me dá muito orgulho. Na verdade, o Barata, produtor e idealizador da peça fez uma sondagem, perguntando se eu autorizaria ele a montar a peça. E eu disse pra ele, do meu jeito brincalhão: ‘autorizo tudo, desde que não me chamem pra ir pra estreia’. Mas fui depois e levei minha mulher e meus filhos. Foi uma grande emoção.”

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