Mel produzido por cooperativa de Tucano garante faturamento de R$ 2,5 milhões para apicultores da região

O Governo do Estado já investiu R$ 61 milhões no sistema produtivo da apicultura e meliponicultora da Bahia, somente pelos projetos Bahia Produtiva e Pró-Semiárido, beneficiando 20 mil famílias em todo o estado, com ações voltadas desde a base produtiva até a comercialização.

A Cooperativa de Apicultores de Tucano (Cooapit), responsável pela maior parte da produção do Território do Sisal, por exemplo, já recebeu investimentos de R$ 1,8 milhão, por meio do Projeto Bahia Produtiva. Os recursos são destinados para a ampliação do entreposto de beneficiamento e extração do mel, aquisição de maquinários, consultorias e capacitações. O resultado pode ser conferido no faturamento. Em 2020, foram cerca de 260 mil quilos de mel produzidos, gerando uma receita de R$ 2,5 milhões.

Na sexta-feira (15), em evento realizado no município, representantes da Cooapit entregaram ao governador Rui Costa uma cesta com o mel em embalagens de 280 g, 500 g e 700 g, que são comercializadas em toda a Bahia. A cooperativa também vende o mel de 1,4 kg e em sachês de 500 g e 1 kg, mas a maior parte do produto, em média 80%, é exportada para países como Estados Unidos e Alemanha.

A Cooapit foi inaugurada, em 2015, pelo Governo do Estado. A ampliação do entreposto garantiu estrutura adequada para extração e beneficiamento do mel, inclusive com o novo maquinário, que envolve centrífuga, mesa desoperculadora, homogeneizador e nove decantadores. Estão em construção uma usina de beneficiamento de cera e uma sede para uma Associação de Apicultores do município de Quijingue.

Além disso, conta com um caminhão para transporte de mel, colmeias e assistência técnica e extensão rural (Ater), com acompanhamento de Agentes Comunitários de Apicultura (ACAs). Com isso, os 120 cooperados têm hoje uma média de R$1,7 mil de renda mensal.

Segundo o chefe de gabinete da SDR, Jeandro Ribeiro, com o apoio do Governo do Estado, a Cooapit já está em fase de consolidação, e de independência de investimento externos: “Uma decisão acertada do Governo em fazer esse tipo de investimento, oportunizando aqueles que precisavam desse apoio, e também porque gera empregos no campo e na cidade. A economia do mel não é apenas o produtor de mel, que vende seu produto. Tem a caixa de mel, as indumentárias adquiridas, tem toda uma cadeia produtiva que está no processo em função dessa unidade do mel, aquecendo a economia do município”.

Mais investimentos

Por meio do Bahia Produtiva, também foi financiado o curso superior de Tecnologia em Apicultura e em Meliponicultura do Norte e Nordeste do país, implantado pelo Governo da Bahia, em parceria com a Universidade de Taubaté (Unitau) e a cooperativa. Na Bahia, a graduação foi voltada para os ACAs, que atuam no âmbito do projeto Bahia Produtiva. Foram formados 20 tecnólogos baianos.

O presidente da Cooapit, Franciélio Macedo, afirma que a parceria com o Governo do estado é de fundamental importância: “Com orientação técnica, cursos, capacitações, a gente foi crescendo. Com os investimentos conquistados, a gente se desenvolveu tanto na produção no campo, com a estrutura da nossa unidade, que permitiu a aproximação de outras entidades de outros municípios e no acesso ao mercado”.

Os projetos Bahia produtiva e Pró-Semiárido são executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial e Fida, respectivamente.

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