Legado de Santa Dulce dos Pobres é lembrado em ações municipais
Na sexta-feira (13), é celebrado o Dia de Santa Dulce dos Pobres. Além da programação religiosa, a freira baiana, que foi canonizada em outubro de 2019, também é lembrada em diversas ações realizadas em Salvador. Através da Prefeitura, por exemplo, o legado da santa está presente em ações nas áreas social, de educação e de infraestrutura.
Quem visita o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, tem a oportunidade de passar pelo Caminho da Fé, em seus 1,1km de extensão. Com o objetivo de estimular o turismo religioso ligando o Santuário à Igreja do Bonfim, na Colina Sagrada, a obra envolveu requalificação asfáltica, drenagem e mobiliário urbano, incluindo os totens que trazem pontos marcantes da vida de Santa Dulce e da devoção ao Senhor do Bonfim.
Nas placas, os escritos e símbolos assinados pelo artista plástico Juarez Paraíso possibilitam que visitantes, romeiros e frequentadores possam conhecer um pouco da história de devoção que proporcionou ao caminho a fama de trajeto religioso. As peças possuem base em granito, corpo em madeira e placas em aço inox, com ilustrações e textos referentes aos santos homenageados.
Vizinha ao Caminho da Fé e ao Santuário, a Praça Irmã Dulce também foi requalificada pela Prefeitura, com ação realizada em 2015. Dentre as intervenções estão a ampliação da área, que passou a ter cerca de 18 mil m², além da construção de um estacionamento com capacidade para abrigar 106 veículos (54 carros e 52 ônibus) e novos passeios, meio-fio, drenagem, pavimentação, iluminação e baias para ônibus. O local passou a oferecer mais conforto para quem visita a região.
Assistência – Administrado pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), o Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid) funciona na Ribeira e atende mulheres que são vítimas de violência domésticas, ou de tráfico de pessoas. Encaminhadas pela rede de assistência à mulher, as atendidas – inclusive com filhos – são acolhidas e recebem assistência jurídica, psicológica e social.
A unidade possui uma estrutura de 450m² e conta com recepção, quatro salas de atendimento, quatro sanitários, três quartos, brinquedoteca, biblioteca, sala para terapias, sala de TV, copa, cozinha, área de serviço, salão para oficinas, parque infantil, e horta. O centro tem funcionamento de 24h, com regime de plantão.
Educação – Na área da educação, foi criada a Escola Hospitalar Municipal e Domiciliar Irmã Dulce, com sede em Amaralina, para atendimento de alunos que estivessem em situação de internamento em hospital/clínica ou em casa. Antes da pandemia, professores da escola promoviam aulas para internados em 13 hospitais: Martagão Gesteira, Ana Nery, Aristides Maltez, Couto Maia, Eládio Lasserre, Otávio Mangabeira, Roberto Santos, Santo Amaro, Santo Antônio, Santa Izabel, São Rafael e hospital do Subúrbio. O trabalho também é desenvolvido nas clínicas Climbahia e Senhor do Bonfim.
Para a vice-diretora da escola, Leyliane Vidal, a escola tem um importante trabalho pedagógico, pois garante o direito à educação ao aluno que, por questões de saúde, encontra-se impossibilitado de estudar na escola comum. Com o processo da pandemia, as aulas estão sendo de forma remota, com previsão de retorno presencial a partir do dia 23 de agosto.
Perfil – Nascida em Salvador em 26 de maio de 1914, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes dedicou a vida aos pobres, doentes e aos mais necessitados, com atuação centrada na região da Cidade Baixa. A freira, também conhecida como Anjo Bom da Bahia, deixou como um dos mais importantes legados as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que funcionam no bairro de Roma. Faleceu em 13 de março de 1992, na capital baiana, aos 77 anos,