Lavagem de Itapuã atrai turistas às manifestações do sincretismo religioso
A centenária Lavagem de Itapuã, bairro de Salvador famoso por inspirar poetas, movimentou atividades turísticas, nesta quinta-feira (1º), em clima que antecede o Carnaval. O bando anunciador abriu alas na madrugada, convidando o povo para a festa, que teve alvorada de fogos de artifício, missas, cortejo de baianas e desfile do afoxé Filhos de Gandhy e de manifestações culturais da região. O ponto alto foi a lavagem das escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã, na praça Dorival Caymmi. As comemorações, marcadas pelo sincretismo religioso, tiveram o apoio do Governo do Estado.
O vice-governador e coordenador do Carnaval da Bahia, Geraldo Júnior, e os secretários estaduais Maurício Bacelar (Turismo), Marcelo Werner (Segurança Pública), Bruno Monteiro (Cultura), Fabya Reis (Desenvolvimento Social) e Ângela Guimarães (Igualdade Racial) participaram do cortejo, que foi acompanhado por baianos e turistas.
“A Lavagem de Itapuã é uma expressão da cultura e do turismo da Bahia, que movimenta a economia do bairro e seu entorno. Tudo isso representa o fortalecimento de nossa gente, neste ano em que celebramos os 50 anos dos blocos afro, tema do Carnaval”, declarou Geraldo Júnior.
“Temos apoiado diversas festas populares durante o verão, que impactam na cadeia do turismo. Hoje, podemos dizer que Itapuã foi palco da abertura simbólica do Carnaval da Bahia, fazendo uma festa com grande participação de soteropolitanos e turistas”, destacou Maurício Bacelar.
A estudante carioca Antônia Violeta, 22 anos, que participava da festa acompanhada da mãe, falou da experiência no meio do cortejo. “O desfile é muito bonito, tem vários blocos, com todo tipo de música. Estou na Bahia desde a semana passada. Já estive em Boipeba e, aqui em Salvador, curti na Barra e no Rio Vermelho, onde estarei novamente, amanhã, para a Festa de Iemanjá”, relatou.
“É a minha quinta vez em Salvador, mas a primeira participação na Lavagem de Itapuã, uma festa comunitária bem diversificada. Eu já tinha saído de Gandhy na Lavagem do Bonfim e pretendo sempre voltar à Bahia”, completou o advogado gaúcho Paulo Moreira, 60 anos.