Lançamento do Bilhete em papel de arroz acontece no dia 13

Hoje, às 20h, acontece a performance “Bilhete em papel de Arroz numa primavera tardia – retratos de uma cultura que mata todo dia”, com a participação da poetisa Dedê Fatuma. O dia abre o período de inscrições para o chamamento de poetisas. Criado pela multiartista Ana Luisa Barral de fevereiro a abril acontece a performance litero-musical “Bilhete em papel de arroz” e o chamamento de poetisas – “Prêmio Ana Montenegro” que irá premiar em dinheiro 30 escritoras da Bahia.

As performances acontecem em formato de Live gravada no Youtube. No dia 17 de abril terá outra apresentação com a divulgação das premiadas. No blog http://bilheteempapeldearroz.blogspot.com é possível encontrar maiores informações sobre a história de Ana Montenegro, sobre a performance “Bilhete em Papel de Arroz” e sobre como se inscrever. Os textos contemplados também serão publicados no blog junto de textos de outras autoras convidadas.

Dentro do projeto a ideia é resgatar o poder da história das mulheres, por meio de homenagens, ativismo e premiação, abordando temas como violência de gênero, maternidade, prazer e poder. A história de Ana Montenegro inspira o artivismo e a militância poética de Ana Luisa Barral, que convida as intelectuais negras Dedê Fatuma e Vânia Melo, escritoras e poetisas baianas.

O Chamamento de poetisas – Prêmio Ana Montenegro que irá selecionar, premiar e publicar 30 textos poéticos, nas temáticas lutos e lutas, maternidade real, sexualidades e singularidades, o mito da mulher amável. Serão duas categorias, 25 prêmios para Iniciantes e cinco para Autoras publicadas. Cada prêmio no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), totalizando R$ 9.000,00 (nove mil reais), que serão entregues a poetisas da Bahia.

Ana Montenegro nasceu em 13 de abril de 1915 na cidade de Quixeramobim, no interior do Ceará. Mas, como ela rotineiramente gostava de afirmar: “sou cearense de nascimento, carioca de coração e baiana por escolha”.  Atuou na área do direito, foi ativa jornalista, poetisa, desenvolveu intensa pesquisa histórica sobre os movimentos populares e suas lutas de contestação. Durante o golpe de 1964, no Brasil, foi a primeira mulher exilada, uma defensora dos direitos dos trabalhadores e do povo, em especial dos direitos das mulheres. Foi autora dos livros “Mulheres – participação nas lutas populares” (1988), ”Tempo de exílio” (1988) e “Ser ou não ser feminista” (1981). 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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