Lagoa dos Dinossauros traz clima pré-histórico para Salvador
Salvador passa a contar com um novo equipamento de convivência, pesquisa e lazer com um clima de pré-história. A Lagoa dos Frades, no bairro do Stiep, próximo ao antigo Centro de Convenções, foi requalificada e ganhou réplicas de dinossauros que tornaram o local um atrativo diferenciado de tudo o que existe na cidade. O espaço, agora renomeado de Lagoa dos Dinossauros, foi entregue pelo prefeito Bruno Reis. Estiveram presentes ainda o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal), Virgílio Daltro, e do titular da Secretaria de Manutenção (Seman), Luciano Sandes.
“Essa inauguração faz parte da estratégia de cada vez mais desenvolver o espaço público ao cidadão. Estivemos aqui há pouco mais de um ano e nos deparamos com um lugar completamente abandonado, com esgoto alimentando a lagoa, sem peixes, sem patos. As pessoas não frequentavam este local. Decidimos, portanto, implantar um projeto arrojado e impactante”, disse o prefeito, ressaltando que as réplicas dos dinossauros foram construídas pela própria Desal.
Duas delas são de Tiranossauro Rex, com aproximadamente cinco metros de altura e nove metros de comprimento cada. As demais estão distribuídas em seis réplicas de Velociraptor, duas de Dilofossauro, uma de Dilofossauro Sinensis, uma de Braquiossauro, uma de Pteranodonte e um Anquilossauro.
No local, o visitante tem a sensação de ter voltado ao tempo diante das esculturas em tamanho real, situadas em uma área verde, com vegetações nativas de Mata Atlântica em pleno meio urbano. As réplicas emitem som com a aproximação das pessoas, por meio de um sensor de presença e do uso de um aplicativo.
O processo de construção das peças envolveu um estudo sobre como era a anatomia dos dinossauros. Após o estudo e a busca de imagens, os colaboradores da autarquia projetaram as imagens em 3D e as retrataram em estruturas metálicas. O passo seguinte foi cobrir essas estruturas esculpindo célula por célula com argila. Depois que as peças foram totalmente cobertas e fibradas, elas foram recortadas dando origem à fibra de vidro que é utilizada como forma final.
Conforme anunciado pelo prefeito, a estimativa é que a lagoa ganhe ainda mais esculturas, fruto de recursos provenientes de contrapartidas com o setor privado.
Revitalização – A lagoa tem 16.470 m² e o entorno possui espaço de convivência, sanitário, novo mobiliário com jogos de bancos e mesa, banheiro para pessoas com deficiência, pergolado, anfiteatro, acessibilidade e quiosques.
Antes da intervenção, a situação de abandono trazia um clima de insegurança e, ainda por cima, o local recebia pontos de esgoto despejados por edificações próximas. Estes focos foram desativados com o apoio das secretarias de Manutenção (Seman) e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), assim como da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa).
Além disso, a lagoa passou por um processo de aeração, que melhora as condições da água. Serão lançados, ainda, cinco mil alevinos de espécies diferentes doados pela Bahia Pesca, para aumentar o número de peixes.
Durante 30 dias, será proibida a pesca para que essa população possa se multiplicar. No espaço de convivência e lazer também são encontradas espécies como camaleões, micos e até mesmo joões-de-barro. O projeto tem a participação intensa da comunidade que, inclusive, ajudou na aquisição de produtos para melhoria da água e na doação de patos que vão embelezar o local. O investimento total foi de quase R$ 9 milhões.
“Só aqui na região a Prefeitura já entregou três espaços para o lazer da população. Além da Lagoa dos Dinossauros, a capital baiana teve revitalizada a Lagoa dos Pássaros, também aqui no Stiep, e a construção do Parque dos Ventos, na orla da Boca do Rio”, complementou Bruno Reis.
Segurança – Dentro da Lagoa dos Dinossauros será construída uma base de apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) para que faça a segurança do local e possa orientar os visitantes. O parque foi todo cercado por gradil e a portaria terá catraca, onde será possível orientar e fiscalizar a entrada. A administração do espaço ficará a cargo da Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e o funcionamento segue o decreto municipal de enfrentamento ao coronavírus: de segunda a sábado, de 6h às 17h.
Avaliação – Moradora do Stiep há quase quatro décadas, a doméstica Jandira Lima, 60 levou o neto Pedro, de apenas um ano, para conhecer a Lagoa dos Dinossauros. “Essa revitalização é um pedido antigo da comunidade. A lagoa ficou muito tempo abandonada, a pavimentação do entorno era quebrada, havia muito de mato e nem tinha espaço para andar. Isso fora a insegurança. Agora está maravilhoso”, avaliou.
Já o estudante Antônio Celso Ferrari, 26, saiu de Pernambués só para passear com a família no local. “Sabia que existia a lagoa, mas nunca havia frequentado. Soube da inauguração pela internet e decidi vir hoje. Achei o espaço bem legal e estou aproveitando para tirar fotos de recordação com a minha filhinha”, comemorou.