Jonga Lima lança seu 10º disco com a participação de grandes nomes da música baiana e brasileira

O cantor, músico e compositor Jonga Lima encontrou no atual estado de pandemia um terreno fértil e favorável ao processo criativo do seu décimo disco, intitulado “Ideias à Prova de Bala” – nome de uma das 12 canções do álbum, composta em parceria com o poeta Ivan Maia. Um dos destaques desse novo trabalho é a música “Nova Abolição”, presente do mestre bandolinista Hamilton de Holanda, para a qual teve a honra de compor a letra e contar com o brilhantismo da guitarra baiana de Armandinho Macedo. Jonga percebe em sua música uma influência muito tropicalista, no sentido de mistura de manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas mais arrojadas, que inclui timbragens modernas e eletrônicas, mas sempre reverenciando matrizes rítmicas baianas e afro-brasileiras, como o samba, o ijexá, entre outros gêneros. O disco já está disponível no site https://jongalima.com.br e redes sociais do artista e em todas as plataformas de streaming, através do selo Tratore.

Em estado de poesia e atitude de resistência, Jonga Lima começou a produzir o disco como “uma forma de inspiração para continuar vivendo e enfrentando esses tempos difíceis”, como ele próprio diz, e complementa: “a necessidade pessoal de colocar minha música a serviço da nossa realidade, para abordar questões que sinto muito importantes hoje como racismo, negritude, amor, valorização da mulher, preservação ambiental, democracia para todos, entre outros temas sociais e políticos, num clamor de luta e esperança”, reflete.

Trabalhando há mais de 1 ano nesse projeto, o músico decidiu realizar a sua obra de maneira independente (com a colaboração de uma campanha de financiamento coletivo através da plataforma Kickante), mas foi agraciado com a participação de um naipe seletíssimo de músicos baianos, que como ele, cumpriam em casa o isolamento social, porém estavam ávidos por fazer música. A partir daí se estabeleceu um processo de criação on-line que reuniu parceiros de longa data – a exemplo de Amadeu Alves, André Borges, Helson Hart, Sebastian Paz (Batty), Ivan Maia e Tito Bahiense – e uma série de outros grandes nomes da Música.

Entre as participações, Armandinho Macedo (guitarra baiana), André Luba (contrabaixo), Cabeça de Pife (pífano), Cassius Cardoso (paisagens sonoras e loops), Eric Assmar (guitarra), Felipe Guedes (violão e guitarra), Guiga Scott (trompete e trombone), Ivan Bastos (contrabaixo), Ivanzinho Pacapuco (percussão), Jelber Oliveira (piano), Mônica Jurberg (backing vocal), Joatan Nascimento (trompete), Michelle Abu (percussão), Manuela Rodrigues (vocal – faixa “Nunca Mais Aconteça”), Rodrigo Sestrem (piccolo), Rowney Scott (sax), maestro Ubiratan Marques (piano), Yacoce Simões (acordeon). E também as participações especiais da cantora Amora Lima, filha do artista, e de Luizinho Assis como parceiro nos arranjos de “Nova Abolição”, “Duendes e Viagens” e “Grande Circo Imortal (Junta Mole das Meninas)”. Seguindo o fluxo de colaboração e parcerias para a gravação de “Ideias à Prova de Bala”, o álbum tem como coprodutor musical um dos grandes nomes da engenharia musical baiana: Caji, também responsável pela mixagem e masterização do disco.

Entre os destaques do repertório, “Nova Abolição”, composição em parceria com Hamilton de Holanda que faz reverência à negritude, sua beleza e seu clamor antirracista. A faixa tem arranjos de Luizinho Assis, violão de Felipe Guedes e a participação do mestre Armandinho Macedo tocando guitarra baiana. “Assim Que o Dia Nasceu”, uma canção pop de esperança, parceria de Jonga com o cantor e compositor Tito Bahiense, que participa da faixa cantando, além do piano do maestro Ubiratan Marques e da guitarra de Eric Assmar. “Grande Circo Imortal (Junta Mole das Meninas)”, em parceria com Amadeu Alves e Andre Borges, numa celebração à memória de Anselmo Serrat e toda a trupe de artistas do Circo Picolino. A faixa é um samba alegórico com arranjos de Luizinho Assis, naipe de sopros com Rowney Scott (sax) e Guiga Scott (trompete) e o tema melódico de Piccolo com Rodrigo Sestrem. “Duendes e Viagens”, a única canção do disco que não é de sua autoria, composta por Halter Maia, que morreu recentemente. Nessa gravação Jonga homenageia o autor e músico, por tudo que representou em sua vida. A faixa tem o arranjo e improviso de piano de Luizinho Assis. Sem falar na própria faixa-título, “Ideias à Prova de Bala”, um rock manifesto, com Caji nas guitarras, que nasce da parceria com o poeta e filósofo Ivan Maia, para falar de resistência e indignação, sem deixar de lado o “sonho dos que amam” e a própria forma poética e existencial de Jonga que se denomina como um “Caçador de Sonhos”.

JONGA LIMA – cantor, compositor e produtor musical

Em seus 32 anos de música, lançou nove álbuns, seis deles solo, e três com a banda Sambatrônica, seguindo agora com o seu décimo disco autoral. Ao lado de seu parceiro Helson Hart, ganhou o Troféu Caymmi com a banda de rock Gang Bang. Em 2001/2002/2003, excursionou em turnê nacional e pela França como cantor e tecladista da Companhia de Circo Picolino, com a direção de Anselmo Serrat – importante referência de vida em sua caminhada artística. Em 2010/2011, tocou no Carnaval da Bahia, no circuito Barra-Ondina, ao lado da Sambatrônica, Walmir Lima, Aline Calixto e da dama do samba brasileiro Elza Soares, que gravou uma de suas canções “A Trama do Samba”. Em 2018 participou do Festival “No Hay Lugar Para El Odio En El Mundo” em Cuba, tocando no Teatro Nacional e em importantes casas de show em Havana. Há mais de dez anos produz e apresenta na Rádio Educadora FM 107.5, o programa Brasil Pandeiro, num mergulho no universo do samba brasileiro. Em junho de 2019 estreou um emblemático show na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, intitulado “Caçador de Sonhos”, onde celebrou três décadas de criação e produção musical

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