Inaugurado o centro comercial Condomínio Bahia Têxtil que deve injetar R$ 100 milhões na economia

Um novo passo para o setor têxtil da Bahia, com a inauguração do novo centro comercial do Condomínio Bahia Têxtil, no bairro do Uruguai, em Salvador. Para a construção, foram investidos R$ 4,5 milhões de recursos próprios.

O governador Jerônimo Rodrigues participou do ato e falou sobre a importância da iniciativa para fortalecer, cada vez mais, o setor. “Em cada ambiente de negócios que existe aqui, tem um movimento próprio, mas que está dependente um do outro. Isso é um ambiente perfeito de negócios. Há uma sensibilidade para o acolhimento daqueles que produzem arte em tecido, mas não possuem máquinas para fazer um corte e uma costura, pregar um botão, colocar o passador de cinto”, destacou ele, sinalizando a proteção social conferida pelo equipamento.

Com 24 empresas instaladas, o pólo fabril produz, em média, 4 milhões de peças por ano, movimentando cerca de R$ 180 milhões no período. Para incrementar os resultados, os condôminos decidiram construir o centro com 22 lojas, que deve gerar 200 postos de trabalho e um fluxo financeiro de R$ 100 milhões no segundo semestre de 2024.

O paulista Rodrigo Costa, que tem uma fábrica e uma loja, comemora o sucesso da ideia de juntar a produção e comércio num lugar só: “eu sou um grande entusiasta do projeto. A gente poder produzir nossas próprias peças, ter um espaço praticamente dentro, junto da nossa fábrica, num estilo shopping center, e a gente poder comercializar o que a gente produz, de lá pra cá, é uma ideia espetacular. Vai bombar isso aqui, vai ser algo extraordinário, um marco para nossa cidade, para o nosso estado. As expectativas são excelentes. Aliás, já uma realidade, já acontece, já tem gente olhando, já tem gente passando, já tem gente perguntando. Então, mais que expectativa, isso é uma realidade”.

O presidente do Sindicato da Indústria de Vestuário da Bahia (Sindvest), Hari Hartmann, explica a relevância do empreendimento para o setor: “aqui é uma área de compartilhamento para atender aos pequenos negócios. Tanto do setor de confecções do condomínio como externo. Isso não é restrito ao condomínio. É para todo setor, para a comunidade, inclusive, pequenas famílias que têm indústrias dentro de casa. Elas podem vir aprontar a peça e saem daqui já com o produto top para levar até o shopping, para vender em lojas boas da região”.

O complexo está distribuído numa área de 20 mil metros quadrados, onde funcionam as unidades fabris e o centro de lojas. Devido à presença do Arranjo Produtivo Local (APL), as ruas internas foram pavimentadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur).

Em 2022, foi viabilizada a instalação do núcleo de alta tecnologia, onde ficam as sedes do APL e do Sindvest. Também foi implantado um centro de formação de mão-de-obra voltado para o setor e um coworking, com máquinas de costura especiais, de alta complexidade, para o uso compartilhado, e realização de cursos de qualificação para moradores da região.

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