II Festival Internacional de Percussão acontece nos dias 23, 24 e 25 de setembro no Guetho Square

Faltam poucos dias para a segunda edição do Festival Internacional de Percussão, o LALATA, que reunirá, no palco do Candyall Guetho Square, a nata percussiva mundial, nos dias 23, 24 e 25 de setembro, posicionando, mais uma vez, a capital baiana como centro de produção, difusão e intercâmbio dessa arte, contemplando três estilos de percussão contemporânea: de Rua, de Efeito e Eletrônica. Tendo o mestre multi-instrumentista Carlinhos Brown como anfitrião, o LALATA é uma realização da Pracatum, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da SoulDila, Suvinil, GFM, Jovem Pan, TV Bahia, Amvox, Devassa, Procultura, Secretária de Cultura e Turismo e Prefeitura Municipal de Salvador.

Com concepção e direcionamento artístico da empreendedora Cultural Selma Calabrich, diretora executiva da Pracatum, Escola de Música e Tecnologia que completa 28 anos de atuação e transformações educativo-sociais no bairro do Candeal em 2022, o LALATA – II Festival Internacional de Percussão, abre o primeiro dia de programação às 16h, com uma performance histórica do ZÁRABE, movimento nascido em 1995 a partir do vanguardista Vai Quem Vai, e que reúne centenas de percussionistas sob o comando de Carlinhos Brown. Com quase dez anos sem desfilar nas ruas, o ZÁRABE é um dos resultados do laboratório rítmico do Candeal, berço de criação no qual se destacam inovações performáticas e instrumentais.

Ainda no dia 23, sobem ao palco do Candyall Ghetho Square o Mestre Mario Pam com o SKLAU – Manifesto ao Tambor (Salvador); Bira Lourenço e Catatau (Rondônia) com o show Sons de Beira; Japa System (Salvador); o senegalês Massamba Diop; e a banda Trietá (Salvador). No dia 24, a diversidade e a originalidade da música instrumental percussiva seguem dando o tom do Festival, que abre a programação às 15h com o projeto Lactomia (Salvador), seguido de Dede Mundo (Salvador); Pandeiro Repique Duo (Rio de janeiro); Buginganga (Salvador); Orlando Costa (Salvador); Lobo Nuñes (Uruguai); e Atabasabar (Salvador), com Marcus Musk.

O terceiro dia do LALATA, 25 de setembro, abre com o workshop gratuito da Roda de Timbau do Candeal, e na sequência o palco do Guetho Square incendeia com as apresentações do Território Sonoro (Salvador); Michelle Abu (São Paulo); Aguidavi do Jêje (Salvador); Marcos Suzano (Rio de Janeiro); Roberto Vizcaino (México); e, fechando a noite, show do Mestre Carlinhos Brown.

Deixando tudo ainda mais especial, o II Festival Internacional de Percussão terá cenário exclusivo assinado pelo consagrado artista plástico baiano Bel Borba, que buscou inspiração nas especificidades da comunidade do Candeal para cumprir essa missão. O LALATA é um festival que celebra a história deste bairro, que há muitas gerações vem revelando ao mundo sua musicalidade, nascida de uma população visceralmente ligada às suas matrizes africanas e que tem no tambor seu ícone de libertação.

Confira datas e horários das apresentações do LALATA:

Dia 23 de setembro

16h – Carlinhos Brown e os Zárabe

17h – SKLAU – Manifesto ao Tambor, com Mestre Mario Pam (Salvador)

18h – Sons de Beira com os mestres Bira Lourenço e Catatau (Rondônia)

19h – Japa System (Salvador)

20h – Massamba Diop (Senegal)

21h – Trietá com Ratinha, Daniela e Leninha

Dia 24 de setembro

15h – Lactomia

16h – Dede Mundo (Salvador)

17h – Pandeiro Repique Duo, com Bernardo Aguiar e Gabriel Policarpo (Rio de janeiro)

18h – Buginganga, com Boghan Gaboot (Salvador)

19h – Comigo Mesmo, com Orlando Costa (Salvador)

20h – Lobo Nuñes (Uruguai)

21h – Atabasabar, com Marcus Musk (Salvador)

Dia 25 de setembro

13h – Roda de Timbau do Candeal, com Elbermario e Rian (ruas do Candeal)

16h – Território Sonoro, com Lucas, Eric e Fagner (Salvador)

17h – Michelle Abu (São Paulo)

18h – Aguidavi do Jêje, com Luizinho (Salvador)

19h – Marcos Suzano (Rio de Janeiro)

20h – Roberto Vizcaino (México)

21h – Carlinhos Brown

Saiba mais sobre as atrações do LALATA:

ZÁRABE – Nascido em 1995 a partir do musical de vanguarda Vai Quem Vem, que funcionou, nos anos 1980, como um laboratório na criação de sons e de novos instrumentos, deixando um legado de mais de 30 ritmos e desencadeando um processo de invenção rítmica na qual se destacam inovações performáticas e instrumentais,  o ZÁRABE reúne centenas de percussionistas para uma homenagem à cultura muçulmana, presente na formação étnica e cultural de África, que também passou parte de sua herança para a Bahia.

SKLAU – Manifesto ao Tambor, com Mestre Mario Pam (Salvador) – Percussionista, compositor, professor de música, Mario Pam é militante e pesquisador da Música Afro Brasileira.

Bira Lourenço e Catatau (Rondônia) – A dupla tem uma proposta de imersão sonora, explorando as sensações, a percepção e a memória, através da captura de sons do cotidiano e da brasilidade amazônica. Sons de Beira é um espetáculo percussivo construído através de pesquisas de sons em ambientes naturais, com laboratórios e audições in loco, relatos de ribeirinhos e indígenas, apresentando um conjunto de timbres e ritmos do cotidiano amazônico.

Japa System (Salvador) – Percussionista, produtor e compositor, Japa System passou por grupos como a Timbalada e o Baiana System, e entregou ao público o primeiro álbum em carreira solo em 2021, intitulado “Sistema Percussivo Integrado”, onde juntou timbau e atabaque a baldes e frigideiras, sonoridades tiradas de barras de ferro e cascas de árvores com sintetizadores, samplers e bases eletrônicas, ressaltando sua identidade musical.

Massamba Diop (Senegal) – Um dos mais renomados mestres do tama, um tambor falante do Senegal, África Ocidental, conhecido por sua capacidade de replicar os sons da fala humana. Entre seus trabalhos mais recentes, está uma apresentação solo de percussão entre as canções da trilha sonora do filme Pantera Negra.

Trietá (Salvador) – Grupo percussivo performático que nasceu da união de três mulheres percussionistas que atuavam a mais de vinte anos no mercado musical acompanhando grandes artistas, o Trietá reúne a percussividade de Daniela Penna, Lenynha Oliveira e Ratinha, e conta também com a presença do experiente coreógrafo e diretor Jorge Silva.

Pandeiro Repique Duo (Rio de Janeiro) – Pandeiro Repique Duo traz a dupla Bernardo Aguiar e Gabriel Policarpo, que seguem os passos de grandes pandeiristas, expandindo ainda mais as capacidades deste instrumento incrivelmente poderoso, também desenvolvendo rica paleta timbrística no repique, que antes estava ligada quase exclusivamente à tradição do samba.

Buginganga (Salvador) – Apresentando a sonoridade do tambor com bases rítmicas e a percussão de efeitos com melodias no tempo certo, dando nova roupagem e suavidade nas composições musicais, o Bugiganga traz à frente o músico Boghan Gaboott, nascido no bairro do Candeal, que já tocou com grandes artistas a exemplo de Caetano Veloso, Carlos Santana, Gilberto Gil, Marisa Monte, Daniela Mercury, Sérgio Mendes e o mestre Carlinhos Brown.

Orlando Costa (Salvador) – Conhecedor e pesquisador de instrumentos percussivos de diversas origens e estilos, Orlando Costa atua como percussionista há mais de 35 anos e conseguiu criar sua forma única de tocar, acompanhando artistas brasileiros e estrangeiros e participando de diversas turnês Internacionais.

Lobo Nuñes (Uruguai) – Músico e luthier de tambores uruguaio, Lobo Nuñes nasceu no Bairro Sul de Montevidéu e é descendente de uma família de músicos. Quando não toca tambor, dedica-se a construí-lo. Tocou e gravou com Opa, Rubén Rada, Jaime Roos, os irmãos Hugo e Osvaldo Fattoruso, Mariana Ingold, Eduardo Mateo, Ketama, Jorge Drexler, entre outros.

Atabasabar (Salvador) – Grupo musical baiano, que tem como influências as culturas tradicionais africanas, as vertentes afro-brasileiras como os toques sagrados de terreiros, e, espontâneos movimentos culturais de rua existentes na cidade de Salvador/BA. é um tambor confeccionado sobre a estrutura de madeira do Atabaque brasileiro com técnica de montagem e afinação do sabar senegalês, uma junção de dois instrumentos ancestrais que expressam de maneira muito transparente a essência desta proposta musical.

Território Sonoro (Salvador) – Resgatando ritmos do grande acervo musical da cultura afro-baiana e latino-americana, o grupo Território Sonoro, nascido no Candeal, reúne os músicos Eric Costa, Fagner Batista, Vinícius Santana e Lucas Vinícius, que juntos desenvolvem um trabalho instrumental percussivo com influências mundiais.

Michelle Abu (São Paulo) – Multi-instrumentista de atuação diversificada, Michelle Abu transita facilmente por diferentes estilos musicais, que vai desde a música popular ao rock nacional, até ritmos regionais e de raiz, imprimindo em todos eles suingue e marcas próprios, resultado de 25 anos de estrada.

Aguidavi do Jêje (Salvador) – Criado pelo percussionista Luizinho do Jêje, o Aguidavi do Jêje é um grupo Afro percussivo inovador, referendado nos toques de candomblé da nação Jeje-Mahin. Uma orquestra de atabaques que se auto intitula Ritual Percussivo, e que traz uma das mais interessantes e diferentes sonoridades na música contemporânea baiana.

Marcos Suzano (Rio de Janeiro) – com sua técnica de tocar o pandeiro “ao contrário”, trabalhando a utilização dos graves, e a aplicação do instrumento em ritmos brasileiros, além do uso de elementos eletrônicos.

Roberto Vizcaino (México) – Roberto Vizcaino trabalhou ao lado do maior número de artistas e grupos relevantes de seu tempo: Grupo Proyecto liderado por Gonzalo Rubalcaba, Silvio Rodriguez, Orlando Valle “Maraca” e Otra Visión, Compay Segundo (com quem gravou o álbum “Calle Salud”). Menção especial merece para o trabalho no Quarteto de Jazz do Pianista Chucho Valdés

Carlinhos Brown – Nome fundamental para a música e a cultura brasileira e mundial, Carlinhos Brown traçou uma potente trajetória artística que dedica aos mestres encontrados no caminho, tendo lugar cativo e especial o Mestre Pintado do Bongô. Estando entre os precursores do movimento Axé Music, criou, também, a Timbalada, a Bolacha Maria, a Pracatum, o Guetho Square, o histórico e lendário estúdio Ilha dos Sapos, o Museu du Ritmo, o Selo/Editora Candyall Music, entre outros milhares de projetos

SERVIÇO

O Quê: LALATA – II Festival Internacional de Percussão

Quando: 23, 24 e 25 de setembro

Onde: Candyall Guetho Square

Abertura dos portões: 16h

Show: 17 às 22h

Classificação: 12 anos

Info.: (71) 99992-9186 / 3276-4255

Vendas: Sympla (https://www.sympla.com.br/produtor/lalatafestival)

Valor: Meia 25,00 / Inteira R$ 50,00

Camarote: Meia 50,00 / Inteira R$ 100,00

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