Gastronomia asiática mescla sabores exóticos

Muito além dos pratos chineses e japoneses, culinária da Ásia mescla ingredientes exóticos com explosão de sabores ao utilizar especiarias para incrementar experiências à alimentação.

Quando se houve falar de comida asiática, logo vem à mente os deliciosos pratos das culinárias chinesas e japonesas. Porém, a gastronomia da Ásia vai muito além de sushis, sashimis e yakisoba. O Brasil possui opções limitadas de restaurantes autênticos asiáticos. Por isso, para se aprofundar ainda mais no assunto, o chef Eric Thomas, proprietário e responsável pelo cardápio do restaurante Tantra, explica sobre as curiosidades dessa culinária. O conceito que envolve as culinárias asiáticas, principalmente a oriental, são inspiradoras, pois fazem uso de técnicas simples e milenares de cozimento, que fazem a diferença na hora de saborear o prato. A parte importante de se aprofundar nessa gastronomia e trazê-la para o Brasil é tentar adaptar as formas de fazer cada receita, com os recursos disponíveis aqui no país, mas que se assemelhem ao máximo com o original. 


Esse é um dos conceitos do Mongolian Grill. Com base nas histórias dos grandes guerreiros que atravessavam países, entre eles a Mongólia e a China, introduziu-se o termo na culinária brasileira.  “Na faculdade eu comecei a criar um interesse de saber como, na época de 1503, os guerreiros conseguiam atravessar a Mongólia inteira ou a China. Como eles traziam um exército de um milhão de guerreiros, como eles comiam, o que eles comiam, como traziam isso. Os guerreiros tinham que estar bem alimentados. Pesquisei para saber como comiam, como administravam a parte da comida. Entre outras coisas, eles pegavam a carne e colocavam debaixo da sela do cavalo. O suor e o sal deixavam a carne meio que protegida e curtida. Outro conceito é que eles faziam fogo, deixavam virar brasa, pegavam seus escudos e colocavam em cima da brasa, colocavam dentro do escudo as carne, misturavam os legumes as ervas e temperos e grelhavam em cima do escudo”, conta.

Assim como reproduzida no Tantra, a comida asiática é rica em proteínas e faz uso de vegetais e muitas especiarias, como é o caso da Índia. Já na Mongólia, as carnes utilizadas são mais fortes, como cabra, carneiro e javali. Os mongóis precisam consumir muita proteína e gordura animal, assim como laticínios, para enfrentarem os rigorosos invernos do país que chegam a 40ºC negativos. Na Ásia, como um todo, muitos ingredientes são comuns, como o arroz e grãos variados. Já a parte de frutos do mar é bastante intensa, focando em mexilhões, ostras, camarão, polvo e outros pescados. Além disso, há também uma espécie de “culto” à barbatana dos tubarões, como se fosse uma picanha aqui no Brasil. A diferença é que o ingrediente é conhecido, como explica chef Eric, como se tivesse superpoderes e resolvesse todos os problemas. Ou seja, algo mais místico. 

Lagosta e camarão com frutas proibidas salpicadas com sementes de papoula do restaurante Tantra

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