Festival reunirá mestres e mestras reconhecidos pelo legado no artesanato da Bahia
Guardiãs e guardiões das tradições culturais e dos saberes ancestrais que dedicam a vida à produção e à preservação da arte popular e do artesanato, 21 mestras e mestres artesãos são destaque no 1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia (Fenaba), que acontece de sexta-feira a domingo (17 a 19 de maio), na Arena Fonte Nova. A entrada do evento será gratuita, mediante inscrição no Sympla, com expectativa de 3.500 visitantes por dia. A ministra da cultura Margareth Meneses estará presente na abertura do festival, na sexta (17).
O Espaço Mestras e Mestres ocupará o nível 7 da Arena Fonte Festival e contará com a presença de 21 artesãs e artesãos renomados da Bahia. Eles são reconhecidos pelo importante legado no oficio artesanal, não somente pela destreza técnica e maestria dos seus trabalhos, mas, também, pela capacidade de transmitir seus saberes e fazeres para as futuras gerações, sendo mediadores entre o passado e o presente.
As mestras e mestres virão de diferentes rotas do artesanato da Bahia e irão comercializar seus produtos exclusivos para o público visitante do evento. Um dos mestres que vai marcar presença no festival é Argemiro Costa Neto, mais conhecido como Miro. Com sabedoria e habilidades transmitidas através de quatro gerações de sua família, o artista de 65 anos é uma referência na produção de cerâmica em Maragogipinho, distrito do município de Aratuípe, considerado o maior centro de produção artesanal de cerâmica da América Latina.
Miro passou toda a infância frequentando a olaria de seu pai, e o conhecimento sobre as técnicas da cerâmica veio de forma natural, em meio às brincadeiras lúdicas com a argila. Aos 30 anos, Miro sentiu a necessidade de se dedicar a ensinar seus conhecimentos para outras pessoas, oferecendo incentivo e motivação para novos aprendizes.
“Eu aprendi com meu pai dizendo ‘olha aqui o que estou fazendo que você consegue’, mas eu queria outra forma de transmitir o conhecimento do produzir cerâmica. Eu comecei a detalhar, pegar na mão da pessoa, mostrar a forma exata de fazer e aí elas começaram a me ver de forma diferente. Diziam ‘Miro tem mais cuidado, mais carinho na forma de ensinar’. A ideia é motivar o individuo a fazer melhor. Elogiar e dizer que ele pode fazer cada vez melhor”, afirma o artista.
Foi a dedicação e a paciência com os novos artesãos que fizeram Miro ser reconhecido como uma referência em sua comunidade. Ele se destaca, também, pelo trabalho diferenciado que realiza em Maragogipinho, com a marca de produzir peças de porte grandioso e de ter aperfeiçoado as técnicas de produção de talhas e porrões, potes de barro que, no passado, eram utilizados para o armazenamento de água e grãos e hoje, também, são lindas peças decorativas.
Com cerca de 150 olarias, Maragogipinho é conhecido pela vasta produção de peças de barro, como potes (porrões), talhas, boi-bilhas, panelas, vasos, pratos, corbélias, esculturas, moringas, entre outros. Uma das características marcantes da cerâmica local são os desenhos de influências indígenas, geométricas e florais, criados pela pintura artesanal em tauá, pigmento natural de argila de aspecto vermelho, e tabatinga, de tom branco. As peças de cerâmica de Maragogipinho são conhecidas em todo o Brasil e até em outros países.
Mestra rendeira
Quarta geração de uma família de mulheres rendeiras de Saubara, a mestra artesã Maria do Carmo Amorim, 76 anos, também vai apresentar no Fenaba seu importante legado na arte da renda de bilro. Trata-se de uma técnica de tecer renda de herança portuguesa que chegou em nosso território há mais de quatro séculos.
A artista aprendeu os primeiros pontos aos 7 anos e desde então se dedica a esta tradição, compartilhando seus saberes com as mulheres da sua família e da sua comunidade. Empenhada em fortalecer o trabalho das artesãs rendeiras da região, Maria do Carmo fundou, em 1992, a Associação de Artesãos de Saubara, que reúne, atualmente, 53 artesãs. Nesta associação, as artesãs trabalham com duas tipologias: além da renda de bilro, o trançado de palha de licuri, também tradicional na região, e que tem como destaque a Mestra Raimunda, produzindo esteiras, chapéus, bolsas, bandejas e outros utilitários.
Como toda mestra, Maria do Carmo gosta muito de ensinar e transmitir o seu conhecimento adquirido e aperfeiçoado ao longo dos anos. “É uma felicidade muito grande quando vejo as minhas alunas fazendo as coisas que eu sempre ensinei. A gente tem o saber e quer passar para as novas gerações porque é uma tradição da nossa cultura que não queremos perder. A renda de bilro é uma cultura que chama muita atenção das pessoas aqui em Saubara. Eu fico encantada quando vejo as pessoas felizes vendo o nosso trabalho e saber que eu também estou transmitindo a alegria para elas”, afirma a mestra.
As mulheres rendeiras ajudam a técnica ancestral do bilro a ser reconhecida em todo Brasil e até em outros países. O sucesso é tanto que, recentemente, o trabalho dessas artistas foi parar nas telas da TV. Elas foram responsáveis pela confecção das peças de renda que cobrem o vestido de noiva de Maria Santa, a Santinha, personagem da atriz Duda Santos, no remake da novela Renascer.
Mestras e Mestres presenta Artesanatos
Alentícia Bertoza Ribeiro
Alentícia Bertoleza Ribeiro modela no barro miniaturas em animais para composição de presépios, dando continuidade ao trabalho da família Santos, de tradicionais ceramistas na cidade de Cachoeira. Nascida na zona rural do município em 4 de dezembro de 1950, no distrito de Cabonha, teve seu primeiro contato com a modelagem do barro na infância, quando, nas brincadeiras com as outras crianças, fazia pequenas panelas. Suas peças possuem um toque delicado e muito alegre pelo uso das cores primárias, e podem ganhar sentido decorativo ou religioso.
Ana Fiuza Caires
Com mais de 30 anos de atuação, a mestra Ana Fiúza Caires, confecciona bordados e domina todo o processo de produção de peças feitas em algodão agroecológico, desde o plantio, passando pelo beneficiamento até os acabamentos dos produtos em bordados. O interesse em perpetuar essa herança a levou a criar e presidir o grupo Mulheres do Algodão de Guanambi, para estruturar melhor a produção das artesãs que como ela, vivem do beneficiamento das fibras plantadas em seus quintais. Seus trabalhos rendem belas peças de cama, mesa e banho em tecidos manuais e com acabamentos como bordados em ponto de cruz, marambaia, macramê e crochê, que são vendidos em feiras e lojas em todo o país.
Carlos Biqueira
Carlos Henrique Andrade dos Santos, conhecido como Biquera, é mestre na técnica da escultura, criando personagens que têm a cara e contam a história do povo baiano: o preto velho, a baiana com a bacia na cabeça, as mulheres africanas adornadas com a palha da costa, o famoso trio nordestino que anima os forrós, pescadores, capoeiristas, os Orixás das religiões de matriz africana, figuras lendárias como Lampião e Maria Bonita, dentre outros. As esculturas são feitas de matérias-primas variadas. As estruturas são feitas com materiais reciclados, como isopor, plástico e arame, que são revestidas com massa fria e adornados com tecidos, couro, alumínio, palha da costa, dentre outros recursos.
Celia Regina Amorim da Silva
A mestra Célia Regina Amorim da Silva cria tramas e tecidos através da tecelagem manual, com um forte trabalho voltado para a moda. Nascida em 1962, em São Paulo, capital, onde iniciou e aperfeiçoou a sua técnica no tear, mudou-se para Porto Seguro no início dos anos 2000, onde conheceu seu parceiro Anderson Lima, também artesão, com quem tem um trabalho em conjunto, unindo tecelagem e pintura artística. Suas peças incluem bolsas, kaftans, xales e echarpes, sempre com design inovador. Há 30 anos como professora, atualmente dá aula em quatro aldeias indígenas em Porto Seguro e já perdeu as contas da quantidade de alunas e alunos teve em sua trajetória.
Dinoélia Santos Trindade
Dinoélia Trindade é mestra em renda de bilro, tradição que herdou de sua família de rendeiras da cidade de Saubara, no Recôncavo baiano. Nasceu em Santo Amaro, em 10 de outubro de 1959, e cresceu em Saubara, onde, desde criança, observava sua avó manuseando as peças de madeira e criando as tramas da renda, o que despertou sua curiosidade e o interesse em aprender. Em 2009, fundou a Associação das Rendeiras de Dias d’Ávila, entidade que hoje já transmite o fazer artesanal da renda de bilro para a terceira geração de alunas.
José dos Santos Braga – Zé de Rita
José dos Santos Braga, mais conhecido como Zé de Rita, é mestre na criação de trançados e cestarias, utilizando a palha de licuri, uma das principais palmeiras do semiárido nordestino, e a madeira de umburana reaproveitada. Nascido em Nossa Senhora Aparecida, em Sergipe, mudou-se ainda na infância para a cidade de Santa Brígida, no norte da Bahia. José aprendeu o ofício com sua mãe, Dona Rita, que inspirou seu apelido. O artista possui um portfólio de produtos variados, além de peças utilitárias, como esteiras, cestas, vassouras e chapéus, também produz peças decorativas, como porta-joias, cestas de pão, porta-objetos, caixas, balaios, bolsas, bandejas, jogos de mesa e mandalas. Zé de Rita também é um dos fundadores da Associação de Artesãos de Santa Brígida.
José Roque Azevedo Assunção
O mestre José Roque Azevedo Assunção é um dos responsáveis pela manutenção do trançado da piaçava no Baixo Sul da Bahia. Quando sua família se mudou para a cidade de Ituberá, sua mãe aprendeu a técnica preservada nas comunidades quilombolas da região e foi com ela que Zé Roque aprendeu o que futuramente se tornaria sua missão. Seu trabalho autoral é extremamente criativo e produz belas mandalas, cestos, sousplats, fruteiras e outros produtos feitos com matéria-prima extraída das matas da região de maneira sustentável e respeitosa ao meio ambiente. O equilíbrio ambiental é, inclusive uma das suas grandes preocupações.
Joselito José Pinto – Zelito
Mestre Joselito é especialista na técnica de entrelaçar fios em teares, criando peças belas e delicadas. Nas suas criações, mescla fios e fibras, como sisal e piaçava, para produzir peças como jogos americanos, caminhos de mesa, tapetes, sousplat e sacolas. Com fios mais finos, tece delicados panos da costa, ojás, toalhas e panos de mesa. No seu trabalho, acumula o conhecimento de pontos tradicionais de várias regiões do Brasil. É servidor e dá aulas através do Governo do Estado da Bahia. Professor há mais de 40 anos, já deu cursos em Salvador em associações, projetos comunitários e terreiros de candomblé, como o Ilê Axé Opó Afonjá e o São Jorge Filho da Gomeia, além de compartilhar seus conhecimentos também em diversas cidades do interior.
Luis Alberto Amado Sanches
Luís Alberto Amado Sanches, conhecido como mestre Amado, é ceramista e escultor e o seu trabalho traz a influência afro-indígena. Nascido no povoado São Braz, no município de Santo Amaro da Purificação, teve seu primeiro contato com a argila com seus avós pescadores e oleiros que vendiam panelas e alguidares na feira local. Seu trabalho gira em torno do universo afro-religioso, criando esculturas de orixás femininos e máscaras. Iniciou a atividade de professor de cerâmica em 2001, a convite do Instituto Mauá, viajando pelo interior do estado, onde teve experiências em comunidades indígenas (Tuxá, Kiriri e Tupinambá), além de comunidades quilombolas. Desde 2004, o Mestre Amado, como é chamado, é responsável pela oficina de cerâmica do Centro Educacional Santo Antônio – Cesa,Escola das Obras Sociais Irmã Dulce em Simões Filho.
Luzia Torres de Matos
A mestra Luzia Torres de Matos costura bonecas que unem cuidado, delicadeza e história. Nascida em Uruçuí, no Piauí, cresceu em Carolina, cidade à beira do Rio Tocantins, no Maranhão, onde teve seu primeiro contato com o artesanato e as artes manuais. Foi morando em Guanambi que surgiu a inspiração para criar os bonecos da Catadora e Catador de Algodão, uma das suas principais marcas, que representam os lavradores dos campos de algodão da cidade. Fundou na cidade a Casa da Boneca de Pano de Guanambi, onde produz bonecas e outros tipos de costura junto com outras mulheres de sua comunidade. Também dá oficinas de como fazer bonecas de pano, patchwork e outros tipos de costuras, tanto no seu espaço como em outras comunidades e cidades da região.
Maria da Conceição Nogueira Bonfim – Conça
Maria da Conceição Nogueira, conhecida como Conça, é mestra em renda de bilro, finos tecidos com malha aberta, compostos por desenhos criados a partir do entrelaçamento de fios presos nos bilros, sobre uma almofada. Nasceu em Salvador, mas sempre viveu na Ilha de Maré, uma das 56 ilhas que compõem a Baía de Todos-os-Santos e que faz parte do município de Salvador, onde a tradição deste tipo de renda é passada através das gerações. Desde então, produz peças delicadas para decoração e vestuário e segue transmitindo o conhecimento tradicional adquirido com as mulheres da comunidade.
Maria dos Anjos Souza
Maria dos Anjos Souza, mais conhecida como Dos Anjos, é mestra nas técnicas do bordado, em especial do redendê. Natural de Inhambupe, produz peças para casa, enxovais e vestuários. Suas batas, vestidos, calças e camisas são uma inovação no uso desse tipo de bordado. Também chamado de “redendel” na cidade, o bordado, geralmente formando composições geométricas, é feito em tecido preso em bastidor que, após ser trabalhado, é recortado com tesoura para retirada das partes que não foram cobertas pela linha. Além do redendê, a mestra também sabe costurar e fazer diversos tipos de bordados, como ponto cheio, crivo, ponto de areia, bainha aberta e outros.
Olavo Paixão dos Santos – Olavo da Bahia
Mestre Olavo é considerado um dos maiores construtores e tocadores de berimbau da atualidade. Produz também pandeiros, cuícas e outros instrumentos percussivos. Nasceu em Cruz das Almas, Recôncavo da Bahia, em 29 de julho de 1942 e cresceu em Muritiba, onde aprendeu a capoeira com o mestre Alfredo da Capoeira Angola. Mudou-se para Salvador nos anos 1960, onde conheceu o mestre Waldemar da Paixão, com quem aprendeu a construir um bom berimbau. Foi mestre Waldemar que introduziu a corda de aço e a pintura das cabaças, ensinamentos que o aluno incorporou ao seu trabalho, além de incluir inovações, como a pirogravura. Recebeu o título de Mestre Artesão em maio de 2021, tornando-se, ao lado de mestre Lua Rasta, os primeiros mestres artesãos da capoeira reconhecidos no Brasil.
Reginaldo Xavier
Reginaldo Xavier é mestre na arte da cerâmica. Sua vida é dedicada à criação de esculturas cheias de delicadeza, como bustos femininos, santos, sereias, pratos, caixas, maçãs e outras figuras suavemente coloridas. Nascido em Nazaré das Farinhas, onde acontece anualmente a tradicional Feira dos Caxixis, participou das Oficinas de Expressão em Série, do Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, onde se apaixonou definitivamente pela cerâmica. Trabalhou em diversos ateliês, foi professor do Instituto Mauá e hoje produz as suas peças num ateliê em Igatu, na Chapada Diamantina. Seus trabalhos estão espalhados em cidades como Nova Iorque e Paris, além de todo o Brasil. Um dos seus trabalhos mais marcantes são as Negras, bustos de mulheres que ostentam belos penteados afros, inspirados na afirmação do cabelo crespo das mulheres que via em Salvador na juventude e que, para ele, eram lindas esculturas.
Rosalvo Santana
Rosalvo Santana é mestre santeiro, precursor da arte sacra em Maragogipinho, maior centro oleiro da América Latina. Nascido no município, cresceu vendo seus pais dedicados à produção da cerâmica utilitária. Se especializou na criação de imagens sacras e figurativas, modeladas com talento, habilidade e muita técnica. Seu estilo mistura o barroco e o rococó, enriquecendo as imagens com detalhes, volumes e panejamentos. Suas peças são feitas de uma argila mais pura, que passa por processos de refino e decantação para alcançar a plasticidade necessária e, então, não é esculpida, mas modelada sobre uma base cônica. Os detalhes, como as linhas das mãos e as unhas, que são marca dos seus trabalhos, são acrescentados por último. O cuidado na produção vai desde a queima, em etapas para proporcionar resistência, até a embalagem, para garantir a integridade das peças.
Taurino Silva – Zé das Baianas
O mestre Taurino Silva, mais conhecido como Seu Zé das Baianas, é um dos artesãos que fazem a fama de Maragogipinho, importante centro oleiro da Bahia. Ele nasceu em 1957 e cresceu entre as olarias do povoado. Começou a modelar no torno aos 13 anos e criar suas primeiras peças: pratos de sobremesa, depois panela de feijoada e outros utilitários. Criativo e inquieto, está sempre em busca de criar novas peças. Foi assim que surgiu a baiana que está no seu codinome e é sua peça mais famosa, escultura em tamanho grande que representa um dos principais símbolos do estado. Seu legado já foi reconhecido em várias matérias de TV e pela Unesco, que escolheu seu trabalho para representar a Bahia em 2004. Sua “Baiana com Tabuleiro” também é parte do acervo de arte popular do Museu do Folclore Edison Carneiro, no Rio de Janeiro.
Claudia de Araújo Figueiredo
Claudia de Araújo Figueiredo é mestra na técnica do crochê. Nascida em Alagoinhas, Bahia, em 21 de dezembro de 1971. Aos 11 anos, ela ganhou da avó sua primeira agulha e começou a aprender os primeiros pontos. Após a perda parcial da visão de dona Francisca por conta de uma catarata, foi a vizinha Rita que lhe ensinou os principais pontos. No seu trabalho, aliado ao crochê, também usa o fuxico em algumas peças. Suas criações são voltadas principalmente para casa e decoração, eventualmente produzindo peças de moda. São cestos, bandejas, cachepôs, porta-vinhos, bolsas e outras peças feitas com barbante, fio de malha e outros tipos de linhas. Em 2020, foi desafiada a começar a ensinar, transmitindo seus conhecimentos técnicos do crochê e do fuxico em cursos realizados pela Secretaria de Educação de Lauro de Freitas.
Constância Maria de Carvalho
A mestra Constância Maria de Carvalho cria esculturas em cerâmica e é especialista em figuras humanas. Nasceu em Serra Negra, local hoje conhecido como o município de Pedro Alexandre, na Bahia, que ganhou esse nome por conta de seu bisavô. Ingressou no curso pintura e cerâmica do Instituto Mauá, onde se apaixonou pelo oficio. Constância esculpe na argila figuras humanas, criando santos, anjos e orixás e também reproduzindo retratos. Suas peças têm especial atenção às expressões e emoções e não são pintadas, mantendo a cor original da argila queimada. Para ela, a cerâmica mudou sua vida, trazendo tranquilidade em momentos difíceis e também independência. Começou a dar aulas no mesmo lugar onde começou a aprender a técnica, o Instituto Mauá, e durante 12 anos foi professora de cerâmica escultórica, transmitindo seu conhecimento para diversos alunos e alunas.
O 1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho (Setre), através da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA) e das Secretarias da Cultura (Secult), do Turismo (Setur) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). O evento tem o patrocínio do Sebra e correalização da Pau Viola Entretenimento e da Associação Fábrica Cultural.
Serviço
1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia (Fenaba)
Data: 17 a 19 de maio de 2024 (sexta-feira, sábado e domingo)
Local: Arena Fonte Nova (Níveis 6,7 e 8)
Horário da Feira
17/05 (sexta-feira): das 14h às 22h
18/05 (sábado): das 13h às 22h
19/05 (domingo): de 13h às 20h
*Horário dos shows até 23h
Acesso: Ladeira da Fonte (Pedestre)
Entrada gratuita
Servidores públicos do estado terão descontos entre 5% a 15% nas compras de produtos
Estacionamento: N2 (Entrada pelo Dique) – R$ 20
Programação artística
17/05 – Mariene de Castro e Autorais
18/05 – Paulinho da Viola, Sambaiana e stand up com o influencer Matheus Buente
19/05 – Jau e convidados