Feira do Curtume trará estrutura e conforto para feirantes e frequentadores
Situada na Rua Luiz Maria, na Cidade Baixa, a Feira do Curtume já está com 90% das obras de construção concluídas e previsão de entrega para até o final de setembro. Na região conhecida como Baixa do Fiscal, onde feirantes improvisavam barracas com lonas e caixotes para a venda de hortifrutigranjeiro, a Prefeitura de Salvador está construindo um equipamento que dará mais conforto e ordenamento para os trabalhadores, atendendo a um desejo antigo da categoria.
A estrutura de 3 mil m² contempla um espaço para a alocação de 112 barracas, praça de alimentação com oito boxes para a comercialização de bebidas, refeições e lanches, além de sanitários, sala de administração, área para carga e descarga de mercadorias, depósito, guarita, abrigo para resíduos e estacionamento com 20 vagas. A área passou ainda por serviços de contenção em alvenaria de pedra, sistema de drenagem, gradil e paisagismo, com implantação de grama natural e arborização.
A feira vai contar com cobertura para a proteção do sol e da chuva, mas as laterais permanecerão abertas para a ventilação e conforto térmico dos feirantes. A área interna do equipamento foi construída com piso de alta resistência e a externa, com piso intertravado para uma boa impermeabilidade do solo, evitando poças e alagamentos. Com a inauguração da feira, a expectativa é que o local funcione de terça-feira a sábado.
O investimento na obra é de R$5,2 milhões. As intervenções são coordenadas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e estão sendo executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), por meio da Superintendência de Obras Públicas (Sucop).
Expectativas – Feirante há mais de cinco décadas no local, Ovídio Ribeiro, 63 anos, espera que a estrutura traga melhorias para ele e para os colegas. “A Feira do Curtume é recheada de tudo. Eu trabalho com inhame, batata, farinha, banana e ovos de quintal, produtos naturais e de qualidade. É um ofício que vai sendo passado de geração em geração, do meu avô para o meu pai e do meu pai para mim. Eu acho a reforma boa, está ficando bonito e chique, com vários sanitários. Agora é esperar ficar pronto para ver como vai ficar a organização”, opinou.
Frequentadora do local, a costureira Elianai dos Santos, de 60 anos, também espera por mudanças. “Aqui era feio antes, não tinha segurança e nem estrutura para os frequentadores, como banheiro. Uma colega minha vendia almoço aqui, então eu frequentei algumas vezes. Acredito que com a obra, vai melhorar bastante”.