Experiências de organizações produtivas da Bahia são apresentadas ao Banco Mundial

Uma visita virtual a organizações produtivas da agricultura familiar foi realizada, na terça-feira (18), como parte da programação da 14ª Missão de Implementação e Supervisão do projeto do Governo do Estado, Bahia Produtiva.

Representantes do Banco Mundial, cofinanciador do projeto, puderam conhecer o que melhorou e de que modo os investimentos foram aplicados na Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região (Coopag), de Várzea Nova, e na Associação Indígena Hã Hã Hãe Aldeia Bahetá, do município de Itaju da Colônia.

A Coopag, composta por 218 cooperados, atua no segmento da bovinocultura de leite e oferece ao mercado alimentos saudáveis e seguros, produzidos pela agricultura familiar. Representantes da cooperativa afirmaram que, com o apoio do Bahia Produtiva, houve a melhoria da gestão, nas diversas áreas, incluindo a ampliação da produção e a venda de lacticínios, nos mercados institucional e privado.

Foram investidos R$ 2,5 milhões na base produtiva, na agroindústria de preparação do leite e fabricação de lacticínios, na gestão e em ações de acesso ao mercado. De acordo com o presidente da Coopag, Ronaldo Carneiro, a cooperativa pretende viabilizar a ampliação de renda aos seus cooperados, por meio da garantia de escoamento da produção, nos mercados estadual e nacional: “Hoje, a cooperativa gera 30 empregos diretos e a renda média de cada cooperado está em torno de R$ 9,6 mil”.

Na Associação Indígena Hã Hã Hãe Aldeia Bahetá, formada por representantes da comunidade Indígena Pataxó Hã Hã Hãe, foram implantados projetos que visam o fortalecimento da cadeia socioprodutiva agroecológica, além de buscar a garantia da segurança alimentar e nutricional, a preservação do meio ambiente, o incentivo à comercialização e o resgate cultural da comunidade.

Foi realizada a distribuição de sementes crioulas de espécies alimentares, medicinais, ornamentais e de essências florestais, implementada a cadeia produtiva da mandioca, desde as técnicas de manejo, processamento de seus derivados, até a sua comercialização. A associação já recebeu máquinas como roçadeira, motocultivador, equipamentos de proteção individual, para melhorar a produção. No local, também serão construídos uma cisterna e um galpão para o armazenamento das sementes. A produção da comunidade está sendo comercializada na feira do município. Os produtos são expostos nas 11 barracas de feira.

O coordenador do projeto Bahia Produtiva, Fernando Cabral, afirmou que o projeto vem crescendo cada vez mais: “A cada ação que implementamos, vemos como podemos melhorar e fazer com que cada comunidade continue crescendo. Esse é o nosso trabalho com as 1264 ações, em diversos sistemas produtivos, que estamos realizando em toda a Bahia”.

O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial.

Comunicação

O segundo dia da missão, que segue até sexta-feira (21), contou com uma apresentação das ações realizadas pela Assessoria de Comunicação da SDR (Ascom) para divulgação do projeto, entre elas, a Revista Bahia Produtiva, lançada em abril. A revista celebra o resultado de investimentos em cooperativas da agricultura familiar, com a apresentação de 17 cooperativas e associações baianas, que juntas faturaram R$ 44,7 milhões em 2020, com a conquista de novos mercados, com identidade e marca próprias.

Também foram apresentadas as ações divulgadas em meios de comunicação da capital e do interior, em redes sociais e a campanha veiculada na TV, que mostra a agricultura familiar da Bahia como referência mundial.

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