Encontro de trios elétricos na Praça Castro Alves revive história do Carnaval

m 1976, os trios elétricos Tapajós, sob comando dos Novos Baianos, e Dodô e Osmar, com participação de Moraes Moreira, protagonizaram, na Praça Castro Alves, um marco emblemático no Carnaval de Salvador: o encontro de trios. Desde então, a praça do poeta foi palco da confluência de vários artistas e ritmos.

Com intuito de valorizar a história da folia momesca, a Prefeitura promoveu, nesta quinta-feira (8), um encontro épico na abertura da festa. Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Ilê Aiyê e BaianaSystem reviveram a energia e a essência dos carnavais passados, celebrando a rica diversidade musical e cultural da Bahia.

Cantando famosos hits, como “Muito Obrigado Axé”, “O Mundo Vai”, “Tempo de Alegria”, “Eva”, e a candidata a música do Carnaval, “Macetando”, Ivete, que comemora 30 anos de carreira com a turnê “A Festa”, abriu mais uma vez a folia e fez o povo ir ao delírio.

A cantora destacou a importância do encontro de trios no tradicional palco da maior festa popular do mundo. Para ela, a abertura carrega um grande simbolismo e fortalece a história da música baiana.

“Tenho certeza que essa abertura será algo inesquecível, porque a gente vai revisitar um lugar muito emblemático do Carnaval baiano, que é a Praça Castro Alves. Eu já vivenciei encontros de trios memoráveis, de grandes artistas e nomes da música brasileira. Sempre foi uma tradição nossa. É um momento muito importante trazer de volta esse lugar, esse cenário e cartão-postal que é a Praça Castro Alves, que já embalou tantos carnavais”, disse.

Estreia – Combinando uma série de possibilidades sonoras, o BaianaSystem participou pela primeira vez da abertura e logo de cara fez parte, possivelmente, de um dos momentos mais marcantes do Carnaval de 2024. Russo Passapusso, vocalista da banda, revelou o sentimento de fazer parte de uma data tão marcante para o povo soteropolitano.
 
“É uma responsabilidade imensa. Estar aqui homenageando os blocos afro significa uma construção do que é o processo de continuidade de uma música muito forte. Estamos com o coração pulsando, pulsações essas que vem de ritmo, de toque, de tambor, estamos falando de uma musicalidade que vem de África e que respira resistência, respira comunicação com o povo”, afirmou o cantor.

A foliã Kátia Araújo, 50 anos, parabenizou a Prefeitura de Salvador pela iniciativa de trazer a abertura para o Centro Histórico. Acompanhada da filha, de apenas cinco anos, Kátia se emocionou ao relembrar de antigos carnavais. 

“Hoje, quando cheguei na Praça Castro Alves, pude me lembrar do meu primeiro Carnaval, que minha mãe me trouxe. A concentração era ao lado do Cine Glauber Rocha. Depois de 40 anos eu voltei a sentir essa energia contagiante ao lado da minha filha. Que a Prefeitura continue realizando a abertura oficial aqui no Centro, afinal, nenhum outro lugar representa melhor a cultura soteropolitana, da capital afro”.

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