Comércio ganha camelódromo com 34 boxes para ambulantes
Os ambulantes do bairro do Comércio foram beneficiados, com a entrega de um novo camelódromo, localizado na Rua Riachuelo, entre a Praça Marechal Deodoro e a sede da Associação Comercial da Bahia (ACB). O equipamento foi inaugurado pelo prefeito Bruno Reis, ao lado da vice-prefeita Ana Paula Matos e da titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Marise Chastinet, em solenidade simbólica.
O camelódromo possui área de 580 metros quadrados e contou com investimento de R$574 mil. A construção atendeu a uma antiga demanda dos trabalhadores da região, que agora passam a ter condições mais dignas para receber clientes e comercializar mercadorias.
A estrutura possui 34 boxes, sendo que cada um será ocupado pelos ambulantes cadastrados. O prefeito destacou a relevância do comércio informal na movimentação econômica de Salvador, ressaltando que o segmento é responsável por 53% da mão de obra ativa da cidade.
“Fizemos questão de entregar este camelódromo hoje porque estamos retomando atividades econômicas e esse equipamento vai trazer mais segurança aos trabalhadores nesse momento de pandemia. Desde 2013, as pessoas que trabalham no comércio informal passaram a ter tratamento como nunca antes na história da cidade”, afirmou Bruno Reis, citando investimentos municipais para a categoria.
Recentemente, as ações de suporte aos ambulantes envolveram desde a entrega de novos espaços – como os camelódromos da Calçada e Baixa dos Sapateiros, e mercados municipais de São Cristóvão e São Miguel – até destinação de auxílio financeiro por meio do programa Salvador por Todos, que beneficia mais de 20 mil pessoas, a exemplos de barraqueiros, donos de quiosques, baianas de acarajé, entre outros trabalhadores informais.
Conforto – O novo camelódromo possui cobertura isotérmica capaz de proporcionar maior bem-estar em dias de sol, diminuindo o calor, além de sistema de drenagem para escoamento das águas das chuvas e piso em cimento. Há iluminação com lâmpadas em LED, que são mais econômicas e eficientes, lixeiras para depósitos de resíduos, bancos, mesas e paisagismo.
Ambulante há quatro décadas, João Bispo dos Santos, 61 anos, comemorou a entrega da estrutura. “Trabalhávamos numa situação precária. Era muita imundície, com fezes, ratos e sem segurança nenhuma. Muitos clientes ficavam com receio de entrar na rua para comprar alguma coisa”, relatou.
Maria Angélica Santos, 55 anos, há quase 40 deles como vendedora na região, conta que também sofreu com as condições de trabalho de antes. “Estávamos à toa, abandonados. Quando chovia molhava tudo. Nem iluminação a gente tinha. Bem diferente de agora. Estamos no paraíso”, festejou ela, que vende acessórios eletrônicos, carregadores e capas de celular.