Canal Brasil exibe série inédita com Lázaro Ramos, Selton Mello, Leandra Leal e Matheus Nachtergaele
O Canal Brasil completa 25 anos nesta segunda, dia 18, e, para comemorar, vai exibir a série inédita “Tá Só Começando – 25 Anos”. Além de ser uma homenagem à história do canal, a atração também celebra a carreira de quatro grandes nomes da dramaturgia brasileira: Selton Mello, Lázaro Ramos, Leandra Leal e Matheus Nachtergaele.
Em conversas com Simone Zuccolotto, que é também responsável pela direção, os artistas revisitam momentos marcantes de suas carreiras, seus principais trabalhos e entrevistas ao Canal Brasil ao longo dos anos. Mariana Ximenes, Júlio Andrade, Maeve Jinkings e Vladimir Brichta também participam da série, com comentários sobre os trabalhos dos colegas. Os quatro episódios vão ao ar em forma de maratona a partir das 20h15.
No primeiro episódio, Selton Mello revê, entre outras cenas, sua performance em “O Auto da Compadecida”, que vai ganhar uma sequência, 25 anos depois do primeiro, e comenta sobre Chicó.
“Eu adoro essas mentiras! E tô doido para apresentar as novas para o público, eu já sei, mas o público vai ter que esperar um pouco mais”. O ator fala também sobre a parceria com Matheus Nachtergaele. “Eu tinha 25 anos, agora tenho 50; Matheus tinha 30, agora tem 55. Curiosamente, nesse tempo todo, de tantas coisas que fizemos, só fizemos juntos ‘Os Maias’, minissérie da Globo. Ele foi para um lado, eu fui para outro, o que foi saudável para essa dupla, porque a gente se manteve no imaginário brasileiro como João Grilo e Chicó”.
O segundo convidado é Lázaro Ramos. Entre outros assuntos, o ator fala sobre a importância que o “Espelho”, programa que apresentou no Canal Brasil, teve para sua carreira de diretor.
“Eu comecei a fazer o ‘Espelho’ sem técnica de direção, sem saber onde colocar a câmera, mas com muito desejo de passar um ponto de vista novo, que ainda não tinha na televisão, e isso foi me guiando. O tempo foi passando e eu fui aprendendo e entendendo que esse era um lugar no qual eu também queria estar. Isso foi o ‘Espelho’ que me deu, porque se trata de muita coragem, é muita responsabilidade dirigir, tanto é que quando chegou o ‘Medida Provisória’, eu achei que ia ficar apavorado e não fiquei”.
Leandra Leal é a estrela do terceiro episódio. A atriz assiste a cenas de seus principais trabalhos, como “O Viajante”, “O Homem Que Copiava”, “Nome Próprio”, “Bonitinha, mas Ordinária” e “O Lobo Atrás da Porta”, que também contam parte da história do cinema brasileiro. Leandra ainda comenta sobre sua primeira obra como diretora e as dificuldades que teve para realizar “Divinas Divas”, uma coprodução do Canal Brasil sobre a primeira geração de artistas travestis do país.
“Foi muito difícil para mim dirigir ‘Divinas Divas’, viabilizar, produzir, e fazer com as pessoas acreditassem no projeto. Era um tema sensível, mas também era o meu primeiro filme, uma diretora mulher. Naquela época, não se falava da diversidade como se fala hoje, sobre gênero, não tinha essa discussão ainda tão forte”, diz.
Para encerrar a série, vai ao ar o episódio em que Simone Zuccolotto conversa com Matheus Nachtergaele, que abre o episódio comentando sobre como o Canal Brasil e a sua carreira têm quase a mesma ‘idade’.
“Acho que o Canal Brasil é uma morada do desenho da obra que eu fiz, o que eu tentei fazer, e também é a morada honrosa do cinema brasileiro desde o seu nascimento. Eu estou bem emocionado pelo fato de a gente estar conversando sobre como a vida do canal é praticamente do mesmo tamanho da vida do ator que eu sou no cinema brasileiro”, conta.