Benito Di Paula e Rodrigo Vellozo apresentam o EP Do Jeito Que a Vida Quer
Benito di Paula e seu filho, Rodrigo Vellozo, lançam “Do Jeito Que a Vida Quer”, EP que chegou nos players digitais de áudio e traz seis canções que são fruto da reflexão sobre o legado de Benito no samba e no pagode a partir da década de 1970 (ouça aqui).
“Este EP é um entendimento no qual chegamos a considerar a obra do meu pai, Benito Di Paula, como um dos fundamentos da construção estética do samba a partir da década de 1970. Partimos também da compreensão da grandiosidade da importância do samba, do pagode e de seus expoentes dentro da cultura popular brasileira”, afirma Rodrigo.
Do Jeito Que a Vida Quer é iniciado com a faixa-título, que se tornou um clássico em rodas de samba por todo país. A única música inédita, “Só eu só”, é uma composição de Benito. “É uma música feita a partir de uma obra do compositor Francisco Tárrega. Gosto de trazer o erudito pro samba, pra festa”, afirma o artista.
“Não precisa de muita coisa” dá sequência ao EP, escrita por Benito e Adoniran Barbosa, uma maneira de homenagear outro grande nome da música brasileira. Retratando um romance em meio à uma roda de samba, a faixa seguinte, “Ela veio do lado de lá”, foi lançada em 1973.
Para finalizar este passeio pela trajetória de Benito, “Amigo do Sol, Amigo da Lua” – composta em comemoração ao nascimento de Rodrigo – e a música “Parabéns pra Você” – uma regravação do Fundo de Quintal -, onde as vozes da dupla se misturam ao piano de cauda neste clássico do pagode dos anos 80. Ambas foram lançadas como singles no processo de preparação do público para o trabalho completo.
“Recentemente, ando refletindo sobre como determinadas manifestações artísticas são postas de lado nos processos de mediação cultural que tentam compreender a cultura popular brasileira. Os próprios termos samba e pagode (e os artistas relacionados a eles), muitas vezes, são vistos e compreendidos como de menor relevância dentro do que seria a música popular brasileira. Por isso, é importante escrever nossa própria história”, finaliza Rodrigo.