Balé Folclórico da Bahia abre inscrições gratuitas
As oficinas, que integram a programação da primeira edição do Festival Balé Folclórico da Bahia, vão acontecer no Teatro Castro Alves entre agosto e novembro. No primeiro semestre desse ano, a companhia reuniu mais de dois mil participantes nas oficinas de dança afro-brasileira e percussão realizadas em dez comunidades de Salvador e Lauro de Freitas
As inscrições podem ser feitas a partir do dia 13 de agosto
Dentro da programação da primeira edição do Festival Balé Folclórico da Bahia, a companhia de dança promoverá, a partir do dia 22 de agosto até 20 de novembro, oficinas técnicas de Figurino e Adereços, Cenotecnia e Iluminação. As oficinas, que vão acontecer no Teatro Castro Alves, serão abertas para interessados que já tenham alguma experiência na área. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas a partir do dia 13 de agosto, dentro de limite de vagas (20 por oficina) através do link: https://bit.ly/OficTec2022
Depois das inscrições, ainda haverá uma seleção prévia dos candidatos inscritos.
“Entre abril e junho, ensinamos dança afro-brasileira e percussão a mais de dois mil alunos inscritos nas oficinas realizadas em dez comunidades de Salvador e Lauro de Freitas. As oficinas artísticas foram abertas a todos os interessados, independente de experiência. A ideia era compartilhar nosso conhecimento, estimular o interesse por essas atividades artísticas e pela cultura afro-baiana e identificar talentos”, explicou Vavá Botelho, diretor geral do Balé Folclórico da Bahia.
“Já no caso das oficinas técnicas de Figurino e Adereços, Cenotecnia e Iluminação, queremos promover a formação e o aperfeiçoamento de profissionais que já atuam na área e preparar essas pessoas para novos desafios”, destaca Vavá. “São oficinas técnicas, que exigem maior duração, então elas terão número de vagas mais limitado e serão direcionadas a pessoas que já atuam nessas áreas”, explica.
Além de uma ampla programação socioeducativa com oficinas artísticas e técnicas gratuitas, o Festival Balé Folclórico da Bahia, que foi lançado em abril, inclui a montagem de uma exposição e do novo espetáculo “O Balé Que Você Não Vê”, com estreia mundial prevista para novembro no Teatro Castro Alves. O Festival conta com o estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem os patrocínios do Banco Votorantim e do Instituto Cultural Vale.
Confira a programação das oficinas:
Oficina de Figurino e Adereço com Meninos Rei e Maurício Martins
22/08 a 21/09/2022
Às segundas e quartas-feiras, das 14h às 18h
A Meninos Rei é uma marca baiana, de Salvador, criada pelos irmãos Céu Rocha e Júnior Rocha, figurando no mundo da moda há seis anos. O que começou numa pequena produção a pedido de amigos, aos poucos se expandiu e alcançou notoriedade no mercado da moda. Atualmente a marca se consolida de forma expressiva, marcando presença no maior evento de moda do Brasil e mais importante da América Latina, a SPFW (São Paulo Fashion Week). O trabalho da Meninos Rei reverencia a ancestralidade, tendo como base os tecidos africanos, ao mesmo tempo em que se conecta com o contemporâneo em criações modernas afro-urbanas, que se utilizam de técnicas como o patchwork, e abusam de modelagens ousadas, que fogem do óbvio. A proposta da marca é enaltecer nossa cultura ancestral e celebrar a valorização da nossa raça. A Meninos Rei veste com autenticidade, representatividade e originalidade.
Nesta oficina eles vão mostrar o passo a passo, em tempo real, da criação e construção dos figurinos e adereços da coreografia 2-3-8, que compõe o espetáculo que o Balé Folclórico da Bahia vai estrear em novembro desse ano, no palco principal do Teatro Castro Alves.
Maurício Martins é produtor, cenógrafo, figurinista, aderecista e maquiador. Iniciou sua carreira em 1987, como Produtor Executivo na Cia Baiana de Patifaria, com o espetáculo A Bofetada, com direção de Fernando Guerreiro. De lá pra cá coleciona trabalhos expressivos no Teatro, Dança, Áudio-Visual, Campanhas Políticas e Publicitárias. É o idealizador e coordenador do Acervo Boca de Cena, um espaço que atende à demanda local e também a projetos nacionais que cheguem à Bahia precisando de figurinos, adereços, objetos e peças cenográficas. O acervo que reúne peças que vão do traje regional ao clássico, do popular ao religioso, do festivo ao típico, do objeto individual ao estético-estrutural, está disponibilizado numa área que permite conservação e catalogação, além do desenvolvimento de um trabalho especializado que visa formar e aperfeiçoar profissionais que atuam ou pretendem atuar no mercado das artes.
Os participantes vão passar pelas etapas da criação, desenho, escolha do material, modelagem, costura e acabamento.
Oficina de Cenotecnia com Adriano Passos
05/09 a 05/10/2022
Às segundas e quartas-feiras, das 14h às 18h
Adriano Passos é o Coordenador de Cenotecnia do Teatro Castro Alves. Profissional experiente em todas as frentes da construção cenográfica: serralheria, marcenaria, pintura e elétrica. Além de construir a cenografia também é hábil em montagens e condução de equipes incluindo contrarregragem. Ao longo dos seus vinte anos de carreira já desenvolveu trabalhos relevantes em teatro, a exemplo de As Aventuras do Maluco Beleza, com direção de Edvard Passos, e Amor Barato, com direção de Fábio Espírito Santo. No cinema, trabalhou nos filmes Revoada, de José Umberto Dias (2008), Cascalho, de Tuna Espinheira (2004) e Cidade Baixa, de Sérgio Machado (2005). Uma das grandes experiências foi com a Ópera Carmem, onde aprendeu com Raul Belém importantes truques e traquitanas europeias. Já fez clips para bandas Chiclete com Banana e Psirico, além das decorações de São João e do Natal da cidade de Salvador desde 2019.
Nesta oficina ele vai mostrar o passo a passo, em tempo real, da construção das peças cenográficas da coreografia Bolero, que compõe o espetáculo que o Balé Folclórico da Bahia vai estrear em novembro desse ano, no palco principal do Teatro Castro Alves.
Os participantes vão passar pelas etapas da marcenaria, serralheria, pintura e acabamento.
Oficina de Iluminação com Irma Vidal
07 a 20/11/2022
Horário a combinar em função dos ensaios e da montagem no teatro
Irma Vidal, natural do Rio Grande do Norte e radicada na Bahia na década de 70, é artista iluminadora, professora do Núcleo Cultural ICEIA, produtora e assessora técnica do Teatro Castro Alves, onde também já atuou como diretora de cena e gerente técnica do Balé do Teatro. É reconhecida por sua trajetória de mais de 40 anos pelos palcos e garante uma representatividade técnica feminina no backstage da região. Em entrevista para A LUZ EM
CENA, compartilha seus caminhos na iluminação cênica e conversa sobre sua experiência nos bastidores pelo mundo. Deixa também alguns conselhos para a nova geração que escolhe o mercado técnico profissional do fazer cultural. Ganhadora de muitos prêmios por seus projetos de luz para grandes artistas e diretores, vem dialogar ainda sobre sua pesquisa de sistematização que está sendo desenvolvida no mestrado profissional da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fala sobre seus desejos enquanto orientadora na formação de novos iluminadores.
Nesta oficina ela vai mostrar o passo a passo, em tempo real, da criação e construção da iluminação das coreografias Okan e Bolero, que compõem o espetáculo que o Balé Folclórico da Bahia vai estrear em novembro desse ano, no palco principal do Teatro Castro Alves.
Os participantes vão passar pelas etapas da criação, desenvolvimento da mapa e do rider, escolha das tonalidades, montagem, afinação, gravação da mesa e operação da luz.