Bahia é líder na geração de energia eólica e solar
Empresas da mineração baiana reconhecem as potencialidades do estado para a produção de energia de fontes renováveis e estão incluindo em seus planejamentos estratégicos o uso dela em suas operações. No início deste mês, o Brasil ultrapassou os 185 gigawatts (GW) na capacidade de geração de energia. Desse total em operação, mais de 80% são provenientes de fontes renováveis: eólica, solar e hídrica. As informações são da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que destacou a Bahia como o estado que tem maior expansão na capacidade de geração elétrica com 671,67 megawatts (MW), na frente de Minas Gerais (610,40 MW) e do Rio Grande do Norte (521,14 MW) – são as usinas solares e eólicas que respondem pela maior parte da expansão.
“São inegáveis os diferenciais da Bahia quando se trata das possibilidades de crescimento da mineração sustentável. A geração e consumo de energia a partir de fontes renováveis é um caminho estratégico para mineradoras que atuam aqui no estado. Porque, assim, as empresas aumentam a implementação de práticas correspondentes aos critérios ESG (Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Governança) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com colaboração no enfrentamento do aquecimento global e na redução das emissões de carbono. Inclusive, essas ações são decisivas para o mercado de investimento mundial”, diz o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm.
Energia solar será usada na produção de níquel
O Appian Capital Brazil, fundo de investimentos responsável pelas operações da Atlantic Nickel na Mina Santa Rita, em Itagibá – através de um contrato de arrendamento firmado com CBPM -, tem um projeto para a utilização de energia solar nas atividades da mineradora, única produtora de níquel sulfetado do país. Na primeira fase do projeto serão investidos 100 milhões de reais e o valor pode chegar até 350 milhões nas fases seguintes.