Atividade marca lançamento do Ponto da Cidadania no Aquidabã
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Distrito Sanitário do Centro Histórico, o lançamento do Ponto da Cidadania no Aquidabã. Integrante da programação do Março Mulher, a ação esteve direcionada para mulheres trans e travestis, além de população em situação de rua que faz uso de substâncias psicoativas na região.
A apresentação foi marcada por um dia de autocuidado, com serviços de maquiagem, penteado e manicure e distribuição de kits de higiene, além da oferta de uma estrutura com banheiro e chuveiro para atender as necessidades imediatas desta população. Para Maria José dos Santos, que vive no Aquidabã, além de um momento de lazer, a ação foi uma oportunidade para poder tomar um banho e garantir roupa limpa. “Tudo é bom para a gente que não tem nada”, declarou.
O coordenador do projeto, Francisco Cunha, afirmou que a escolha do território se deu a partir do levantamento realizado pelas equipes multidisciplinares do município, que detectaram uma grande concentração de pessoas em situação de rua na região. O objetivo da ação é promover o acesso a um espaço onde estas pessoas possam ser ouvidas, cuidadas e encaminhadas para unidades de saúde da rede.
Além das atividades de autocuidado e rodas de debate, o Ponto da Cidadania realizará encaminhamentos para os serviços de referência de saúde, assistência, justiça e orientação jurídica. O funcionamento do serviço é de segunda a sábado, por oito horas consecutivas e horário adequado às demandas da população e condições do território.
População trans – A agente de redução de danos e mulher trans, Aylla Correia, refirmou a necessidade do acolhimento das mulheres trans e travestis, que são vítimas diárias de discriminação e preconceito. “Eu vejo a luta delas, o sofrimento de cada uma, a homofobia dentro de casa. A atividade que a gente teve aqui hoje foi uma oportunidade de ouvi-las”, disse.
“Entendemos a importância da visibilidade destas pessoas para que a gente diminua um pouco a violência e a vulnerabilidade que elas sofrem. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Mulheres Transexuais, a Bahia é o segundo estado com maior morte desse público”, alertou Cunha.