A baiana Bia Ferreira traz o boxe no sangue e no coração
A baiana Beatriz Ferreira, a Bia, 28 anos, disputou, em Tóquio, sua primeira edição das Olimpíadas, mas, há cinco anos, esteve no Rio de Janeiro, como sparring de Adriana Araujo, brasileira que, na época, era titular da seleção.
No ciclo olímpico, Beatriz foi campeã dos Jogos Sul-Americanos em 2018, na Bolívia, dos Jogos Pan-Americanos em 2019, no Peru, e do Campeonato Mundial, também em 2019, realizado na Rússia.
Bia Ferreira traz o boxe no sangue. O pai Raimundo, conhecido como Sergipe, era pugilista e passou o dom e a paixão pelo esporte para a filha. “Foi vendo o amor dele pelo boxe que me encantei”, contou.
A caminhada até a final olímpica enfrentou as dificuldades naturais de alguém que tenta a vida no esporte no Brasil, mas teve mais um problema. Chegou a ser suspensa por dois anos por praticar muay thai, o que é proibido pela Associação Internacional de Boxe Amador.
Mesmo assim, é uma sumidade quando se trata de boxe feminino. Foi a primeira brasileira a conquistar o Campeonato Mundial de Boxe. Ao superar a finlandesa Mira Potkonen na semifinal do peso leve (até 60 kg), a baiana se tornou também a primeira do país a garantir uma vaga na final do boxe olímpico. O melhor resultado entre as mulheres na modalidade foi o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012.