Agroindústria de pescado melhora renda de 400 famílias de marisqueiras e pescadores de Itaparica

A coleta de 400 famílias de marisqueiras e pescadores da Cooperativa dos Pescadores e Marisqueiros de Vera Cruz (Repescar), da Ilha de Itaparica, passou a ter venda garantida. A agroindústria de pescado recebeu adequação e melhorias na infraestrutura, com o investimento de R$ 2,2 milhões, realizado pelo Governo do Estado, via projeto Bahia Produtiva, na qualificação do processo de produção e da gestão.

As famílias beneficiadas com o trabalho da Repescar estão distribuídas em 30 comunidades, localizadas em nove municípios da Baía de Todos-os-Santos, nos municípios de Candeias, Itaparica, Madre de Deus, Maragogipe, Salinas da Margarida, Salvador, São Francisco do Conde, Saubara e Vera Cruz.

Comercialização

A Repescar trabalha com mariscos catados, como caranguejo, siri, chumbinho, aratu e ostra, polpa de peixe, e petiscos artesanais, como coxinha de bacalhau e de peguari e bolinho de siri e camarão do mar das paradisíacas águas da Baía de Todos-os-Santos. Os produtos possuem o Selo de Inspeção Estadual (SIE) e, com os avanços obtidos, os produtos hoje estão sendo comercializados pelo aplicativo www.goomer.app/cooperativa-repescar.

São produzidas cerca de três toneladas por mês de pescados e mariscos e a cooperativa atende a demandas de clientes individuais, dez restaurantes da alta gastronomia de Salvador e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Para este ano de 2021, fechou parceria com a startup Fishtag, uma plataforma que funciona como uma ‘curadoria’ de peixes, para fornecer seus produtos para restaurantes de São Paulo.

Requalificação

Os recursos do Projeto Bahia Produtiva foram destinados para reforma e ampliação da unidade de beneficiamento de pescados, embarcações e veículos para transporte da produção, armazenamento e logística.

O presidente da Repescar, José Carlos Bezerra Júnior, explica que as mudanças foram na readequação da estrutura física da unidade para a legislação sanitária vigente. “Um ganho porque antes não tínhamos estruturas como muro, a pavimentação externa não existia, era grama. Redimensionamos as áreas internas e temos uma área nova criada para depuração de moluscos vivos, podendo ofertar ao mercado produtos vivos, trazendo um retorno maior para todos os cooperados”, afirma.

A cooperativa passou a contar também com dois locais para tratamentos de resíduos orgânicos, uma área para tratar as conchas, local para tratamento de água, além da aquisição de um gerador. Os cooperados receberam equipamentos de proteção para cada tipo de atividade, equipamentos para produção e para cultivo e estrutura necessária para o fornecimento logístico e agora cada família faz com que seu produto chegue à cooperativa sem precisar de deslocar.

A marisqueira Nelci Batista do Nascimento, do projeto Conchas do Paraguaçu, do município de Maragogipe, garante que “com os equipamentos individuais e coletivos de proteção e de manejo, temos mais segurança para o trabalho do dia a dia”. O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.

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